Congresso do país, controlado pela oposição ao atual governo, aprovou projeto de lei que autoriza uso de dióxido de cloro pela população
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Longas filas se formam todas as manhãs em uma das cidades bolivianas mais atingidas pela pandemia de coronavírus, enquanto pessoas desesperadas esperam para comprar pequenas garrafas de dióxido de cloro, um alvejante falsamente apontado como cura para a covid-19 e inúmeras outras doenças.
A pressa na cidade de Cochabamba para comprar um desinfetante conhecido por causar danos a quem o ingere ocorre mesmo depois que o Ministério da Saúde da Bolívia alertou sobre seus perigos e disse que pelo menos cinco pessoas foram envenenadas após tomá-lo em La Paz.
Antonio Viruez, que está tratando cinco desses pacientes em um hospital, disse que um deles acreditava incorretamente que tinha coronavírus e desenvolveu pneumonite, uma inflamação do tecido pulmonar, depois de tomar alvejante e um medicamento usado para tratar infestações por parasitas. Os outros pacientes estão melhorando, disse ele.
“O Ministério da Saúde não pode se arriscar a recomendar algo que não tem base científica”, disse Miguel Ángel Delgado, um alto funcionário da pasta.
No entanto, o Congresso, controlado pela oposição, está promovendo o uso de dióxido de cloro. Na semana passada, o Senado aprovou um projeto de lei autorizando “a fabricação, a comercialização, o fornecimento e o uso de solução da substância para a prevenção e o tratamento de coronavírus”.
O projeto exigiria a sanção da presidente interina Jeanine Áñez, que está em quarentena depois de testar positivo para o novo coronavírus. Ela rompeu com parlamentares da oposição leais a Evo Morales, o ex-líder que foi forçado a renunciar no ano passado, após uma eleição marcada por irregularidades.
Com medo, muitos moradores de Cochabamba, onde o apoio à oposição é forte, estão tentando o alvejante. Cochabamba registrou cerca de 440 mortes por covid-19, ou um quarto do número total de mortes relatadas na Bolívia. Acredita-se que o número real seja bem mais alto.
“Estou com medo. Eu tenho que tentar ”, disse Andrés Poma, professor de 34 anos, cético quanto a serviços de saúde sobrecarregados poderem ajudá-lo se ele ficar doente. “O que vou fazer? Esperar para morrer na porta do hospital ou na porta da minha casa?”
Federico Anza, que vende alvejante em sua loja de Cochabamba, disse que milhares de pessoas compraram o produto, para consumi-lo em gotas.
“Minha esposa e eu pegamos e nada aconteceu conosco”, garante ele.
Anza disse que seus clientes não adoeceram depois de tomar o agente. No entanto, na semana passada as autoridades de saúde da província relataram dez casos de envenenamento por dióxido de cloro.
A governadora do Estado de Cochabamba, Esther Soria, disse que apoia um projeto de lei estadual que autoriza o uso de dióxido de cloro e medicina tradicional no tratamento da covid-19. O prefeito de Cochabamba, José María Leyes, manifestou-se a favor da distribuição gratuita do agente no tratamento de pacientes.
Mas Fernando Rengel, presidente da associação científica de Cochabamba, disse que existem antigas crenças de que a substância tóxica é “milagrosa” e cura câncer, aids, malária e outras doenças, “ainda que não haja estudos científicos que comprovem essa ação”.
A ingestão de solução de dióxido de cloro é uma das várias curas falsas que foram promovidas, geralmente por grupos periféricos on-line, desde o início da pandemia.
Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ponderou que os desinfetantes poderiam ser injetados ou ingeridos para combater a doença, provocando intensa reação de médicos e outras autoridades de saúde.
Com informações da Associated Press
Consumo Dióxido de cloro + ácido clorídrico diariamente , e ele só faz bem para minha saúde e a da minha família sem efeitos colaterais. Não acredito 100% na ciência, acredito q ela é governada por interesses na hora de aprovar OU NÃO determinados medicamentos . Não tem melhor prova do q meu próprio corpo para afirmar q dióxido de cloro só faz bem. Só precisa saber como tem q ser consumido. É preciso analisar toda informação que recebemos, inclusive a dos meios “oficiais” . Aconselho ler o livro de Jim Humble sobre o Dióxido de cloro para entender melhor como funciona, a história dele e o porque não foi aprovado pela ciência.
“Em abril, o presidente dos EUA, Donald Trump, ponderou que os desinfetantes poderiam ser injetados ou ingeridos para combater a doença, provocando intensa reação de médicos e outras autoridades de saúde.”
Informação errada. Por favor releia com mais atenção as reportagens da época.