Buenos Aires – Cinco dias antes das eleições presidenciais na Argentina, a população enfrenta aumento dos preços de até 30% e falta de produtos nos supermercados.
Nas gôndolas dos mercados de toda a Argentina é possível ver o começo de um desabastecimento de alguns produtos. Vários comércios preferem parar de vender pois não conseguem atualizar em tempo os preços repassados pelos fornecedores.
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Algumas empresas estão começando a emitir notas com cláusulas de atualização de preços sucessivas.
A rápida alta do dólar, que na semana passada chegou ao recorde de 1.050 pesos, levou as empresas à beira do caos.
Os mercados fincaram fechados no final de semana e no feriado da última segunda-feira, 16, gerando uma enorme confusão entre os comerciantes.
Isso pois muitos preços são indexados ao dólar, e por 72 horas diversos produtos ficaram sem preço, pois as empresas não conseguiam prever o andamento do câmbio com a moeda americana.
Nesta terça-feira, 17, os preços nos mercados aumentaram entre 25% e 30%. No caso do açúcar, o preço aumentou 90% nos últimos dias.
Congelamento de preço provoca desabastecimento na Argentina
Para tentar limitar a inflação galopante provocada pelas políticas econômicas de elevados déficits fiscais e aumento da base monetária, o governo argentino tentou congelar os preços.
Em novembro de 2022 o Executivo do presidente Alberto Fernández lançou o “Programa Preços Justos“, que limita em 5% mensal a alta dos preços de uma série de produtos considerados básicos.
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O resultado foi que esses mesmos produtos estão em falta nas prateleiras dos supermercados da Argentina.
Em particular, faltam leite, iogurte, café, erva mate e até mesmo cerveja.
Para muitas empresas, limitar o repasse dos preços de seus produtos em um contexto de inflação mensal de dois dígitos é simplesmente inviável. Por isso, param de produzir ou entregar as mercadorias, já que seria antieconômico.
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Para evitar imagens negativas, os supermercados estão recorrendo ao chamado “frenteo“: tapam as primeiras linhas das prateleiras para evitar mostrar a falta de mercadorias.
O governo da Argentina nega o problema. “Pode faltar algum produto específico, mas há sempre marcas alternativas”, informou o Executivo.
Todavia, aumentam as críticas contra a gestão do atual ministro da Economia e candidato governista à Presidência, Sergio Massa.
Muitas empresas da indústria de consumo de massa resistem a entregar mercadorias por causa da limitação dos preços, volatilidade do câmbio e as incertezas eleitorais.
Um fabricante de bebidas já informou seus clientes que os preços poderão aumentar em até 35% a partir do dia 23 de outubro, dia após as eleições, dependendo de quem ganhar.
Muitos supermercados teme que esse tipo de atuação se repita com outros fabricantes.
A Federação Argentina de Supermercados e Postos de Gasolina (FASA, na sigla em espanhol), informou que “o abastecimento de produtos inclusos no programa Preços Justos está muito complicado. Com o aumento da inflação as empresas registram cada vez mais dificuldades respeitar o programa e entregam o menos possível”.
“A escalada inflacionária, mais uma vez, mostra a ineficácia dos controles de preços para frear os reajustes”, escreveu o Clarín, o principal jornal da Argentina, nesta terça.
Segundo o Indec, o instituto governamental de estatística da Argentina, a inflação em setembro foi de 12,7%, mas as de alimentos e bebidas foi de 14,3%. As previsões para o final do ano são de uma inflação de 170%.
“Todo povo tem o governo que merece”
Os governantes da Argentina não vieram de Marte. Foram colocados lá pelo voto dos eleitores argentinos.
Se os esquerdopatas governassem o deserto do Sahara, em um periodo de 5 anos teriamos falta de areia.
Os esquerdoapatas são capazes de destruir qquer país onde fincam o pé. Mas a cúpula do governo sempre esta no luxo de palácios e comendo picanha no jantar.
Se depois destes anos de malograda experiência ainda votarem nestes esquerdistas peronistas, aí sim, teremos uma séria concorrência com as nossas fazendas de jegues no Brasil.
A solução é simples: Aumentem os impostos! Ou apenas contratem certos grupos de dança ao som da colega do Batman e ofereçam gratuitamente ao povo. Todos esquecerão as agruras e votarão em peso (peso?) naquele governo. Alguns que vieram de barco poderão voltar naqueles de “400 milhões de dólares”.
E não duvide se o povo eleger o nesmo sistema que causou tudo isso.