O Banco Central da Argentina anunciou, nesta terça-feira, 23, o início da Fase 2 do novo marco monetário, que tem o objetivo de combater a inflação no país. A nova etapa visa consolidar o processo de eliminação da inflação.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
A medida, antecipada pelo ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, nas últimas semanas, estabelece o controle de câmbios. A ação limitou a quantidade de pesos argentinos ao montante nominal existente no Banco Central em 30 de abril. Na época, o órgão totalizava 47,7 bilhões de pesos argentinos correntes, valor equivalente a 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
De acordo com o Banco Central argentino, o teto para a expansão da demanda na base monetária e uma maior concorrência cambial devem tornar a moeda local mais escassa. Em relação à política monetária, o órgão terá mais liberdade na Fase 2 para gerenciar ferramentas de ajuste de liquidez e esterilizar outras fontes de oferta monetária.
Argentina acumula reservas internacionais
Entre essas fontes, a autoridade monetária destacou os passivos remunerados e o financiamento indireto do Tesouro da Argentina. A medida deve ocorrer enquanto persistirem os controles cambiais e a acumulação de reservas internacionais.
“A programação monetária do Banco Central antecipa a continuidade do crescimento da demanda real por dinheiro durante o segundo semestre de 2024”, informou o órgão.
O Banco Central prevê multiplicadores consistentes com a expansão real da demanda por moeda. O comunicado também ressalta que as medidas propostas na Fase 1 do marco monetário foram cumpridas.
Leia também:
A ação estabelece as bases para as novas iniciativas, como a eliminação do déficit fiscal e sua monetização, ampliação do acesso ao mercado livre de câmbios para importadores e redução das taxas de juros da política monetária.