Milhares de argentinos foram às ruas de Buenos Aires neste sábado 17 para protestar contra o anúncio do presidente Alberto Fernández de suspender as aulas presenciais e proibir a circulação das 20 às 6 horas na região metropolitana da capital. A maioria dos participantes era de mães e professoras, acompanhadas pelos filhos.
Foi o terceiro protesto contra o fechamento das escolas e houve confrontos com a polícia após às 20 horas, quando tem início o toque de recolher noturno. Os manifestantes se concentraram em pontos emblemáticos como em frente à Casa Rosada e diante da residência presidencial de Olivos.
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O objetivo do ato é pressionar o presidente argentino, Alberto Fernández, a revisar o decreto que impõe, até pelo menos 30 de abril, o fechamento de escolas. Os manifestantes exigem que as escolas sejam reabertas a partir desta segunda-feira 19.
Segundo reportagem da Rádio França Internacional, na cidade de Buenos Aires, no primeiro mês de aula de 2021, apenas 0,17% de professores e alunos foram infectados. Entre 17 de março e 12 de abril, os casos registraram um leve aumento: 0,71%. A maioria dos contágios aconteceu fora das escolas.
O próprio Ministério da Educação da Argentina avaliou que em 5.926 estabelecimentos de ensino, apenas 0,16% dos alunos e 1,03% dos professores foram contaminados.
Fernández prometeu que não vai ceder e declarou que “a decisão está tomada e não será alterada”. Ele alegou que “o problema não é dentro do colégio, mas na circulação que as aulas provocam”. No entanto, o Ministério da Educação indicou que 50% das crianças vão a pé às escolas, 20% de carro e 30% utilizam o transporte público.
Depoimento de uma professora
“Estamos aqui para gritar, para mostrar que o povo é soberano e que não aceita ser atropelado nos seus direitos” , disse a professora do ensino fundamental, Claudia Rucci, à RFI. “E o primeiro desses direitos é a educação. Queremos que as autoridades nos escutem”.
“Sabemos como foi no ano passado e sabemos como isto continua”, afirmou Claudia. “Os 14 dias previstos para a medida logo se tornarão meses. Essa falta de aulas presenciais afeta a aprendizagem das crianças, que perdem o conteúdo e o vínculo social, comprometendo a saúde integral deles”.
Mais longo lockdown do mundo
No ano passado, a Argentina realizou o mais longo lockdown do mundo, com 233 dias de um isolamento que fechou as escolas em todo o país. Foi um ano letivo perdido. Desde sexta-feira 16, passaram a valer novas medidas de restrição que incluem um toque de recolher a partir das 20 horas.
“O presidente prometeu vacinas, prometeu testes, prometeu que as escolas não seriam fechadas porque não contagiam. Não cumpriu com nada do que prometeu. Na boca de um mentiroso, mesmo o certo fica duvidoso”, disse à RFI Marcela Ojeda, de 48, anos, erguendo o cartaz “Pais organizados: não fechem as escolas”.
“Se não sairmos às ruas para defender as aulas agora, vão pensar que estamos de acordo”, prevê Ojeda. “Então, os 14 dias serão facilmente prolongados”.
O povo brasileiro tem que se unir e enfrentar as Gestapos estaduais.
O mundo inteiro tem que se unir para derrubar essa corja de esquerda maldita do poder.
Que diferença! Na Argentina professores querendo aula e no Brasil, professores não querem retornar as aulas. Triste.
Aqui os vagabundos disfarçados de professores da rede pública que não que tem trabalhar. Tomara que o governo federal condecorada as faculdades públicas.