Arqueólogos descobriram as ruínas da mais antiga cidade de extração de pérolas na Ilha de Siniyah, nos Emirados Árabes. O anúncio foi feito pela Departamento de Turismo e Antiguidade de Umm Al Qun, na segunda-feira 20.
O local data do século 6, período anterior à chegada dos povos islâmicos à região. Assim, seus habitantes seriam provavelmente cristãos. “É a ancestral espiritual de cidades como Dubai”, disse o pesquisador Timothy Power, envolvido na análise do lugar, segundo o site Physo.org.
أعلنت دائرة السياحة والآثار عن أقدم مدينة لصيد اللؤلؤ في الخليج العربي تقع في جزيرة السينية بالقرب من الدير المسيحي التاريخي، وازدهرت خلال الفترة ما بين أواخر القرن السادس إلى منتصف القرن الثامن الميلادي. pic.twitter.com/xCMoCwDxNR
— دائرة السياحة والآثار (@uaq_tad) March 20, 2023
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Características da “cidade das pérolas”
O terreno da antiga cidade estava cheio de conchas de ostras abertas. Os arqueólogos explicam que a possível razão para isso é que a formação de pérolas no interior desses seres é muito rara.
Uma pérola é encontrada em cada 10 mil conchas de ostra. O desperdício industrial do comércio de pérolas foi “colossal”. “Você está lidando com milhões, milhões de conchas de ostras descartadas”, explicou Power. O comércio de extração de pérolas já foi de grande importância para a economia dos Emirados Árabes.
Nas habitações palacianas, com grandes pátios, os pesquisadores acreditam que viviam ricos mercadores de pérolas e membros da elite da sociedade. Já nas casas menores, havia possivelmente pescadores mais pobres.