A AstraZeneca anunciou nesta terça-feira, 26, que chegou a um acordo para a compra da chinesa Gracell Biotechnologies Inc.. A transação é de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 5,8 bilhões).
A companhia chinesa vem desenvolvendo uma terapia celular para combater o câncer. A terapia CAR-T modifica as células imunológicas do próprio paciente para enfrentar a doença.
O gigante farmacêutico anglo-sueco adquiriu a Gracell, com sede em Xangai, por US$ 2 (quase R$ 10) para cada ação. Uma compra adicional de ações, que depende do cumprimento de marcos regulatórios, deve elevar o valor da transação para US$ 1,2 bilhão.
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‘Negócio da China’ da AstraZeneca
A nova aquisição aumentou o portfólio da AstraZeneca em terapias celulares para o tratamento do câncer e de doenças autoimunes. Segundo a farmacêutica, o negócio deve ser sacramentado no primeiro trimestre de 2024, com todas as aprovações regulatórias.
A Gracell vai operar como subsidiária integral da AstraZeneca, com operações na China e nos Estados Unidos.
O acordo é um reforço da aposta da farmacêutica na inovação médica na China, que é o segundo maior mercado da empresa depois dos Estados Unidos.
O CEO da empresa, Pascal Soriot, afirmou anteriormente que a AstraZeneca está interessada em explorar a inovação médica do país que levou muitos gigantes do setor a trabalharem com fabricantes de medicamentos locais para codesenvolverem medicamentos promissores com potencial de grande sucesso.
Em novembro, a farmacêutica fechou negócio com a empresa de biotecnologia chinesa Eccogene Inc. para co-desenvolver uma pílula para perda de peso, uma das classes mais populares de medicamentos. A AstraZeneca busca competir com a Novo Nordisk e a Eli Lilly, duas empresas que lideram na indústria de medicamentos para obesidade.
Enquanto isso : Lilly e Nordisk praticam preços abusivos.