Uma equipe de astrônomos detectou uma “bolha molecular” no centro de uma nuvem densa de gás e poeira, batizada de Barnard 18, no complexo de nuvens moleculares de Touro, a mais de 450 anos-luz da Terra. Em linhas gerais, a bolha se forma durante a “fase de crescimento” de uma estrela.
O estudo foi realizado por astrônomos dos Observatórios Astronômicos Nacionais (NAOC, na sigla em inglês), da Academia de Ciências da China, e publicado na revista científica The Astrophysical Journal, na terça-feira 7. Por meio da nova descoberta, os cientistas podem aprender mais sobre como as estrelas afetam seu ambiente à medida que crescem.
Researchers detect a new molecular bubble–outflow structure https://t.co/M4HyFSgM3X pic.twitter.com/ATwl8f2v1s
— Axel Gaziano (@axelgaziano) February 11, 2023
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Como a bolha molecular foi descoberta
Barnard 18 é uma nebulosa escura, pois não emite nem reflete luz. Como a bolha aparece na forma de uma mancha escura em observações óticas, similar a um “vazio” no espaço, os astrônomos usaram ondas de rádio para detectá-la.
Conforme a revista Science Alert, os cientistas utilizaram dois radiotelescópios diferentes para analisar o sinal de monóxido de carbono, que pode ser usado para rastrear estruturas dentro de uma nuvem de gás.
Os astrônomos acreditam que a formação da bolha gigante foi resultado de uma atividade de duas estrelas há quase 70 mil anos. No processo, a estrela interage com o ambiente ao seu redor e gera fenômenos dinâmicos, como bolhas moleculares ou ejeção de gás.