Um ataque com mísseis da Rússia deixou pelo menos 50 mortos em uma aldeia na região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, nesta quinta-feira 5.
Esse foi o ataque mais mortal contra a Ucrânia neste ano. Uma das vítimas é um menino de seis anos.
O governador da região de Kharkiv, Oleh Synehubov, afirmou que o míssil atingiu um café e um mercado por volta das 7h15 (horário de Brasília), no distrito de Kupyansk. De acordo com ele, muitos civis estavam no local no momento do ataque.
No aplicativo de mensagem Telegram, autoridades postaram imagens de equipes de resgate escalando escombros fumegantes e uma fila de corpos no chão, ao lado de lajes de concreto e metal retorcido.
Ataque ‘brutal’ e ‘terrorista’
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está na Espanha para um encontro de líderes europeus. Nas redes sociais, ele classificou o incidente como um “ataque terrorista completamente deliberado”. Ele também disse que “o terror russo deve ser detido” e prometeu uma resposta dura.
“Agora estamos conversando com os líderes europeus, em particular, sobre o fortalecimento da nossa defesa aérea, sobre o fortalecimento dos nossos soldados, sobre dar proteção ao nosso país contra o terror”, afirmou.
“A Rússia precisa deste e de outros ataques terroristas semelhantes apenas por uma coisa: fazer da sua agressão genocida a nova normalidade para todo o mundo.”
Andriy Yermak, porta-voz do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também informou que, pelo menos, seis pessoas ficaram feridas no ataque.
O Kremlin não se pronunciou, mas usualmente em casos como esse alega que apenas ataca objetivos militares na guerra.
Outras ofensivas russas
A Rússia também fez ataques durante a noite. Pelo menos duas pessoas morreram em bombardeio na cidade de Kherson, no sul do país, na manhã de quinta-feira 5, segundo autoridades ucranianas.
Os militares da Ucrânia afirmaram que as defesas aéreas abateram 24 dos 29 drones lançados em ataques às regiões de Odessa e Mykolaiv, no sul, e à região central de Kirovohrad.
Assassinos…!
Até quando a Otan vai permitir que a Rússia siga bombardeando civis?