Ativistas judeus foram presos durante protesto anti-Israel no Capitólio, em Washington, D.C, nos Estados Unidos. O episódio ocorreu nesta terça-feira, 23, um dia antes do discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no Congresso dos EUA.
Organizado pela Jewish Voice for Peace, o evento reuniu 400 judeus norte-americanos que exigiram mudanças na postura dos EUA em relação a Israel.
“O governo israelense utiliza de financiamento e de armas dos EUA para massacrar e matar de fome os palestinos em Gaza”, afirmou Anne Hirschmann, integrante da organização. “A polícia do Capitólio interveio e prendeu cerca de 200 manifestantes que, de forma pacífica, entoavam cartazes em apoio à Palestina.”
As autoridades informaram que os manifestantes foram avisados de que protestar dentro do prédio era ilegal, o que resultou nas detenções. Os policiais escoltaram os ativistas para fora do local.
Críticas ao apoio dos EUA a Israel
Stefanie Fox, diretora-executiva da Jewish Voice for Peace, criticou o apoio dos EUA ao governo israelense. “Por nove meses, assistimos horrorizados enquanto o governo israelense realizava um genocídio, armado e financiado pelos EUA”, disse Stefanie.
A diretora acrescentou que o Congresso e a administração do presidente norte-americano, Joe Biden, “têm o poder de acabar com esse horror”. “Em vez disso, nosso presidente está se preparando para se encontrar com Netanyahu”, disse.
As reações dos legisladores
Os legisladores reagiram de maneira dividida à detenção dos manifestantes. Alguns criticaram o ato, enquanto outros consideraram a intervenção policial necessária diante da tentativa de entrada forçada no Capitólio.
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O deputado Mike Lawler (Nova York), que assistia à prisão dos manifestantes, classificou o protesto como “vergonha”, conforme relatado à emissora NBC News.
De acordo com a organização, o protesto contou também com a participação de rabinos, celebridades, estudantes, israelenses e descendentes de sobreviventes do Holocausto.
Jogos Olímpicos: Irã pede exclusão de atletas de Israel
Ainda nesta terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Irã emitiu um comunicado oficial em que pede a exclusão dos atletas de Israel dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Por meio do Twitter/X, os iranianos declararam que os atletas israelenses “não merecem estar presentes no evento, por causa da guerra na Faixa de Gaza”.
Os iranianos anunciaram sua posição um dia depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, afirmar que a delegação israelense é “bem-vinda na França”.
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