A Austrália apresentou nesta segunda-feira, 24, uma mudança significativa em relação aos gastos com defesa. A maior reforma militar do país desde a Segunda Guerra Mundial tem ênfase na transferência das capacidades ofensivas de longo alcance e na construção de munições no território nacional.
O primeiro-ministro Anthony Albanese declarou que a estratégia do governo é tornar a Austrália autossuficiente e segura. O objetivo da revisão foi reavaliar o valor dos bilhões de dólares comprometidos pelo governo anterior à luz de ameaças percebidas, incluindo a crescente força da China.
De acordo com a revisão, a afirmação de soberania da China sobre o Mar da China Meridional ameaça a ordem global, baseada em regras no Indo-Pacífico, afetando negativamente os interesses nacionais da Austrália. O maior risco estratégico que o país enfrenta agora é a perspectiva de um grande conflito na região.
A revisão sugeriu que uma estratégia de maior autossuficiência, combinada com relacionamentos mais fortes com aliados e potências-chave na região, como Japão e Índia, é a saída para reduzir esse risco. Albanese enfatizou a importância de moldar o futuro da segurança da Austrália, em vez de esperar que o futuro molde a segurança do país.
Ao destacar uma perspectiva na qual a Austrália vai ter uma capacidade de ataque de maior alcance, o ministro da Defesa, Richard Marles, disse que a estratégia em vigor, focada no território, “não é mais adequada para seu propósito”.
Com a mudança de ênfase para capacidades ofensivas de longo alcance e a construção de munições no território nacional, a Austrália está se preparando para um futuro incerto no Indo-Pacífico, com ameaças crescentes de potências regionais, como a China.
Na Austrália a reforma é para a ampliação do poder militar. No Brasil, é para diminuir esse poder. Segundo o anúncio recente do Descondenado que preside o Brasil.
Está certíssimo.