Autores da série 1899 negam acusação de plágio

Obra original da Netflix conta a história de imigrantes que pegam um navio de Londres com destino a Nova Iorque, em uma jornada repleta de acontecimentos estranhos

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Os produtores Jantje Friese e Baran bo Odar, da série '1899', da Netflix
Os produtores Jantje Friese e Baran bo Odar, da série '1899', da Netflix | Foto: Wikimedia Commons

Os produtores Jantje Friese e Baran bo Odar, da série 1899, da Netflix, se manifestaram nesta segunda-feira, 21, sobre as acusações de plágio envolvendo a série e a história em quadrinho (HQ) Black Silence, da brasileira Mary Cagnin.

Em suas redes sociais, Jantje negou que a HQ de Mary tenha sido adaptada ou usada como inspiração para o lançamento da Netflix.

“Para deixar claro: nós não fizemos isso”, afirmou a roteirista da série 1899. “Até ontem, nem sabíamos da existência dessa graphic novel. Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de 1899. Esta é uma ideia original, e não baseada em nenhum material. Alguém dá um alarme falso, e todos vão em cima, sem ao menos checar se as afirmações fazem algum sentido. Claro que se isso for um esquema para vender mais de suas histórias em quadrinhos: bem pensado.”

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Em seguida, Odar também se manifestou em seu perfil no Instagram. “Infelizmente, não conhecemos a artista, nem sua obra ou quadrinho”, redigiu. “Nunca roubaríamos obras de outros artistas, porque somos artistas. Também entramos em contato com ela, então esperamos que ela retire essas acusações.”

Entenda o caso

No domingo 20, a brasileira publicou em sua conta no Twitter que estava “em choque” ao perceber que a série 1899 era “idêntica” à sua HQ, lançada em 2016 e disponível para leitura gratuita. Conforme Mary, há alguns anos, ela participou da Feira do Livro de Gotemburgo, na Suécia, onde distribuiu cópias impressas e digitais de sua história em quadrinho para editores de vários países.

“Está tudo lá: a pirâmide negra, as mortes dentro do navio/nave, a tripulação multinacional, as coisas aparentemente estranhas e sem explicação”, disse a escritora. “Os símbolos nos olhos e quando eles aparecem. As escritas em códigos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como dramas pessoais dos personagens, incluindo as mortes misteriosas.”

A trama de 1899

A série original da Netflix conta a história de diversos imigrantes que pegam um navio de Londres com destino a Nova Iorque. No meio do caminho, diversos acontecimentos estranhos começam a surgir e a trama ganha novos ares.

Já a HQ de Mary acompanha uma equipe de astronautas enviada para reconhecer um planeta que pode ser a salvação da humanidade. Ambas as obras usam simbolismos e outros elementos de mistérios similares.

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4 comentários Ver comentários

  1. A imaginação está tão rara hoje em dia, que talvez, uma cópia seja o caminho mais rápido para fama, porém, também dá processo.. Júlio Verne, nos dias atuais, seria alvo de muitas decisões judiciais… No país dos “Xandões”, inclusive, clássicos como 20 mil léguas submarinas poderiam ser alvo de censura pelo STF, por Nemo ser um capitão e não um metalúrgico…

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