Na semana passada, uma equipe de pesquisadores do Rio Grande do Norte encontrou no fundo do mar os destroços do avião bimotor Catalina, do Esquadrão 83 da Marinha dos EUA. A aeronave caiu na altura da Praia de Maracajaú em 13 de junho de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial.
O avião foi descoberto por um mergulhador que dava um curso na região. Depois de encontrar a relíquia, o profissional resolveu acionar o Centro Cultural Trampolim da Vitória, espaço que reúne documentos e registros históricos sobre a presença militar dos EUA no Rio Grande do Norte.
“Um amigo meu, mergulhador, estava dando um curso no portal de Maracajaú na semana passada e falou que ‘achou um treco lá’, ‘um negócio ali’, mas não era um avião”, conta Frederico Nicolau, curador do Centro Cultural. “E me mandou as fotos. Eu olhei as fotos e de fato aquilo é uma sucata, não parece nada. Tem um monte de treliça, tem umas chapas quebradas.”
De acordo com o pesquisador, o hidroavião bimotor Catalina saiu de Belém, no Pará, e sobrevoava com destino ao município de Parnamirim, onde foi instalada uma das bases norte-americanas. No entanto, o voo acabou se transformando em tragédia quando o avião começou a apresentar falhas. Dos sete marinhos que embarcaram, apenas três sobreviveram.
“Os sobreviventes notaram um grande estalido, como se o avião se quebrasse ao meio, e a corrida louca para o fundo do mar: agarraram-se, no meio das ondas, numa asa que se separara do aparelho e viram, na escuridão da noite, submergir-se o resto da aeronave”, descreve Paulo de Viveiros, escritor do livro História da Aviação no Rio Grande do Norte.
Para Frederico Nicolau, o acidente foi provocado por “condições de voo que eram não desejáveis”, de acordo com um relatório da Marinha da época. “Era de noite, não tinha luz, estava chovendo, teto baixo, visibilidade chegando a zero”, explica o curador.
A equipe de pesquisadores também se apoiou em um jornal do Estado de Wisconsin, no centro-oeste dos EUA, para comprovar que o acidente era o mesmo que havia sido registrado em 1942. Em uma das notícias, um dos marinhos é dado como desaparecido.
Homenagem
Na segunda-feira 13, a prefeitura de Maxaranguape, onde o avião foi identificado na Praia de Maracajaú, o Centro Cultural Trampolim da Vitória e a Marinha do Brasil homenagearam com flores jogadas no mar os sete marinheiros que morreram há 80 anos no local. Sobre o destino dos destroços do avião Catalina, o curador Frederico Nicolau disse que a carcaça permanecerá nas águas potiguares. “Pela lei norte-americana, onde teve um acidente militar em que alguém morreu lá, aquilo vira uma tumba. Então não pode ser mexido”, explicou.
Pessoal da Oeste.
Prestem mais atenção. A foto postada é de um Bombardeiro leve o, B25 Mittchel.
Nada a ver com o avião acidentado que era um Catalina, hidroavião de reconhecimento bimotor.
Ambos foram empregados na WW2
O avião da foto não é o Catalina !! Trata-se de B25 Mitchell !!
Com certeza, a aeronave da foto não é um Catalina. A Revista Oeste deveria caprichar mais na pesquisa para evitar falar de uma aeronave e colocar a imagem de outra, como nesse caso.
Parece mais um B-25 do que um Catalina
A foto é mesmo de um Catalina?
Segundo o Google, não é mesmo.
Pôxa, exatamente 80 anos depois