Nesta semana, baleias-piloto se reuniram em formato de coração antes de encalharem em uma praia remota da Austrália.
Um drone capturou as imagens do movimento das baleias-piloto. Uma centena desses mamíferos marinhos participou da cena.
A morte em massa das baleias-piloto na Austrália
Na quinta-feira 27, as autoridades da Austrália confirmaram a morte de 97 baleias-piloto que encalharam em Cheynes Beach, no oeste do país, a 400 quilômetros de distância da cidade de Perth.
Entre a noite da terça-feira 25 e a quarta-feira 26, houve a morte de 51 baleias. As outras 46 baleias precisaram ser sacrificadas, para terem seu sofrimento reduzido.
Cerca de 250 voluntários e cem especialistas em vida selvagem travaram uma luta “desesperada” para tentar salvar os animais, na quarta-feira 26.
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“Voluntários e todos os outros tentaram conduzi-las para o fundo do mar”, disse uma porta-voz do Serviço de Parques e Meio Ambiente, à agência de notícias AFP. “Mas elas voltaram para a praia. Nesse caso, os veterinários os examinaram e foi decidido que, para seu bem-estar, deveriam ser sacrificadas.”
O controlador de incidentes do Departamento de Biodiversidade, Conservação e Atrações, Peter Hartley, disse que a decisão de sacrificar as baleias-piloto foi “uma das mais difíceis” em seus 34 anos de carreira no manejo ambiental.
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“Sabemos que o encalhe de baleias é um fenômeno natural”, observou. “Mas fizemos o nosso melhor, passando o dia inteiro na água, para dar a elas a melhor oportunidade.”
O encalhe das baleias-piloto é comum, tanto na Austrália quanto na Nova Zelândia. Em outubro de 2022, 500 baleias-piloto morreram encalhadas nas Ilhas Chatham, um remoto arquipélago da Nova Zelândia.
Os cientistas não têm certeza sobre os motivos para as baleias encalharem sozinhas, embora alguns pesquisadores acreditem que pode ser porque elas chegam muito perto da costa para se alimentar.