Em projeção divulgada nesta terça-feira, 20, o Banco Mundial reduziu em 1,6 ponto porcentual a previsão de crescimento para a China em 2022. Diante dos confinamentos rígidos, que duraram quase três anos e cuja política de covid zero somente neste mês começou a ser flexibilizada, o gigante asiático deve crescer apenas 2,7%, contra 4,3%, índice projetado em junho.
“A atividade econômica na China segue os altos e baixos da pandemia: surtos e desaceleração no crescimento seguidos por recuperações desiguais”, afirmou o Banco Mundial, em comunicado. A instituição também reduziu a previsão de crescimento do país para 2023, de 8,1% a 4,3%.
“A previsão é que o crescimento real do PIB alcance 2,7%, antes de uma recuperação a 4,3%, em 2023, com a reabertura da economia”, acrescentou a instituição financeira, com sede em Washington.
As duas novas previsões estão abaixo da meta oficial chinesa de 5,5%, um crescimento que analistas consideram impossível. Durante mais de uma década, a China cresceu a uma média de 10% ao ano e desacelerou fortemente desde o início da pandemia de covid-19, em 2020.
A inconstância do setor imobiliário, que responde por 25% do PIB anual do país, pode ter efeitos macroeconômicos e financeiros mais amplos, destacou o Banco Mundial.
A desaceleração chinesa acontece no momento em que a economia mundial enfrenta taxas de juros crescentes para conter a inflação, provocada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.
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