Nesta terça-feira, 28, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu a lista adicional com os nomes de dez reféns que serão libertados dentro de algumas horas, ela é parte do acordo de expansão de mais dois dias no cessar-fogo com o Hamas. Mais uma vez, o bebê Kfir Bibas, de 10 meses, não apareceu na relação.
Segundo as autoridades israelenses, Kfir — o refém mais jovem entre as 240 pessoas sequestradas durante o ataque a Israel — teria sido entregue pelo Hamas a outro grupo terrorista palestino, complicando os esforços para libertá-lo.
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O bebê estava com 9 meses quando foi feito refém pelos terroristas do Hamas. Ele foi sequestrado junto com os pais, Yaraden e Shiri, e o irmão, Ariel, de 4 anos, em 7 de outubro.
O grupo criado por parentes e amigos dos reféns, “Bring Them Home Now” (“Tragam eles para casa agora”, em tradução livre para o português) postou nas redes sociais um vídeo com imagens de Kfir, antes do sequestro.
Família de Kfir faz apelo a Israel, Catar e Egito
Nesta terça-feira, 28, familiares apelaram aos governos de Israel, do Catar e do Egito — dois países mediadores da trégua temporária na guerra israelense contra o Hamas — para que se empenhem em libertar as crianças e os pais delas.
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Ofri Bibas, irmã do pai Kfir, falou à imprensa local sobre a angústia de pensar em como podem estar os sobrinhos:
“Ariel e Kfir estão em cativeiro em Gaza há 53 dias”, disse. “Não sabemos suas condições, o que comem, quem os banha e acalma quando choram. A responsabilidade pela saúde deles recai sobre o Hamas.”
De acordo com a família, um vídeo do dia do ataque mostra Shiri, a mãe do bebê, aterrorizada, segurando as crianças em uma manta enquanto eram levados à força para o cativeiro. Em outra imagem, aparece o pai, Yarden, com uma lesão na cabeça. Segundo a Ofri, os ferimentos teriam sido causados por golpes de martelo.
Desde sexta-feira, 24, quando começou o cessar-fogo e a entrega dos reféns como parte do acordo de troca – Israel teve que libertar 150 presos palestinos acusados de terrorismo – o Hamas devolveu 50 mulheres e crianças israelenses. Entre os sequestrados que voltaram para casa, entregues em parcelas de quatro grupos, também estavam 19 reféns estrangeiros.
O Hamas não divulgou as localizações ou condições dos, aproximadamente, 170 reféns que ainda estão em cativeiros.