Benny Gantz é o ministro da Defesa e um dos principais nomes da coalizão do governo de Israel
O ministro da Defesa de Israel e um dos principais nomes da coalizão do governo, Benny Gantz, afirmou ser contra a proposta de anexação de territórios palestinos.
“Antes de tomar qualquer medida, precisamos garantir que todos os especialistas sejam ouvidos. Em qualquer cenário, eu não vou apoiar a anexação de áreas com populações palestinas para evitar atritos”, disse Gantz, informa o jornal israelense The Jerusalem Post.
“Tenho certeza que o primeiro-ministro não vai jogar fora o tratado de paz que possuímos com a Jordânia e a parceria estratégica que temos com os EUA por conta de um movimento irresponsável”, adicionou.
Em sua proposta de paz, Donald Trump propõe que áreas com populações palestinas permaneçam com a soberania palestina. Isso criaria enclaves palestinos dentro de Israel e enclaves israelense dentro de um Estado Palestino. Isso pode criar muitos problemas, especialmente na região do Vale do Jordão.
Conforme o plano, Israel poderia tomar o controle de até 30% da Cisjordânia, incluindo de assentamentos que são administrados atualmente por forças militares. Embora Natanyahu queira logo anexar essas regiões, está encontrando resistência em seu próprio governo.
Os EUA esperam que essa anexação seja apoiada por Gantz, a fim de mostrar apoio ao plano de Trump no governo de Israel.
De acordo com a imprensa israelense, Netanyahu apresentou um plano de anexação para Gantz e outras autoridades do país nesta quinta-feita.
Uma aliança difícil
Benny Gantz e Benjamim Netanyahu foram adversário em três eleições em menos de 2 anos, com nenhum conseguindo a maioria necessária para formar um governo.
Após a última eleição em 2 de março, os dois adversários surpreenderam e anunciaram a formação de um governo de união nacional. As negociações foram difíceis e duraram meses, conforme publicou a Oeste.
O governo, liderado por Netanyahu, tomou posse no dia 17 de maio. Como acordado, Netanyahu permanece como primeiro-ministro até o final de 2021, quando Gantz assume o governo de Israel.