O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que só se pode falar em cessar-fogo em Gaza se o grupo terrorista Hamas libertar todos os reféns sequestrados em Israel, nesta segunda-feira, 23.
“Os reféns devem ser libertados, depois poderemos falar”, declarou Biden na Casa Branca, quando foi perguntado se apoiaria um acordo de reféns pelo cessar-fogo.
Pouco antes, o Hamas informou que libertou outras duas mulheres sequestradas, as idosas israelenses Nurit Yitzhak e Yocheved Lifshitz. Na sexta-feira 20, os terroristas tinham libertado uma mãe e uma filha norte-americanas.
Na segunda-feira 23, Israel revisou para cima o número de reféns confirmados para 222 pessoas sequestradas, quando homens armados do Hamas cruzaram a fronteira e atacaram diversos locais em Israel.
O governo israelense estima que mais de 1,4 mil pessoas morreram, a maioria civis, nos atos do grupo terrorista no dia 7 de outubro, o ataque mais letal desde a criação do Estado de Israel em 1948.
Biden conversa com o papa
O presidente dos Estados Unidos disse que conversou por telefone com o papa Francisco, no domingo 22. Eles falaram sobre a guerra entre Israel e Hamas e a situação humanitária em Gaza.
“O papa e eu estamos de acordo, ele tinha muito, muito, muito interesse no que estávamos fazendo”, afirmou Biden. Ele ressaltou que explicou ao pontífice a “estratégia”.
“O papa nos apoiou em termos gerais.”
Adiar ofensiva por terra
O governo norte-americano aconselhou Israel a adiar o início da ofensiva por terra na Faixa de Gaza, segundo o jornal The New York Times.
Os Estados Unidos pedem cautela aos israelenses para que as negociações para a libertação dos mais de 200 reféns capturados pelo Hamas avancem.
Outro intuito é para que mais ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza, depois que 34 caminhões com itens essenciais terem entrado no enclave pelo Egito.