O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu nesta sexta-feira, 20, ao Congresso a aprovação de uma verba orçamentária urgente de US$ 14,3 bilhões (cerca de R$ 72,3 bilhões) para ajudar Israel na guerra contra o grupo terrorista Hamas.
Desse total, US$ 10,6 bilhões (em torno de R$ 53,6 bilhões) seriam em apoio militar.
Na quarta-feira 18, Biden prometeu um pacote “sem precedentes” para a defesa de Israel contra o Hamas em um discurso em Tel-Aviv, depois de se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
O presidente norte-americano disse no encontro que os Estados Unidos irão fornecer tudo que Israel precisa para se defender.
Pacote para Israel e Ucrânia
Joe Biden fez a solicitação ao Congresso a aprovação de mais de US$ 100 bilhões, que além de incluir o apoio a Israel também conta com um novo pacote para a Ucrânia no valor de US$ 61,4 bilhões (mais de R$ 309 bilhões).
Democratas, do partido de Biden, e republicanos são favoráveis ao pacote para o governo israelense. Porém, os recursos para a Ucrânia não têm o mesmo apoio. Parte da bancada republicana quer parar de aprovar verbas para o país do Leste Europeu.
No pedido também estão contemplados US$ 9,15 bilhões (mais de R$ 46 bilhões) em ajuda humanitária a “Ucrânia, Israel, Gaza e outros”, embora não esteja especificado quanto seria destinado para cada território.
Há também US$ 13,6 bilhões para diferentes verbas para aumentar a segurança na fronteira com o México e outros US$ 2 bilhões para melhorar a segurança no Indo-Pacífico.
Pedido formalizado
O governo dos Estados Unidos formalizou a solicitação em uma carta da diretora do Gabinete de Gestão e Orçamento, Shalanda Young, ao presidente interino da Câmara dos Representantes, o republicano Patrick McHenry.
Na carta, Young ressalta que “o mundo está observando e o povo americano espera que seus líderes unam forças e resolvam estas prioridades”.
“Peço ao Congresso para abordar (este pedido) como parte do acordo orçamentário total”, disse.
O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, explicou que o governo faz este pedido depois de o mundo ter atingido um “ponto de virada”, na sequência dos “horríveis ataques terroristas” do Hamas contra Israel.
Sullivan também ressaltou que o pedido de ajuda humanitária aos “civis afetados pela guerra em Gaza, que não têm nada a ver com o Hamas e que também estão sofrendo muito”.