Criticado pelos Estados Unidos e por Israel por permitir a ancoragem de dois navios de guerra iranianos no Rio de Janeiro, o Brasil foi além. Na terça-feira 28, enviou representantes do governo brasileiro para participar de uma solenidade em alusão aos 120 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
A cerimônia foi a bordo da fragata Iris Dena, da qual participaram oficiais da Marinha e integrantes do Itamaraty, não foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores e somente na quinta-feira 2 chegou ao conhecimento da imprensa.
Segundo a embaixada iraniana no Brasil, a visita, além de celebrar o aniversário das relações bilaterais, com “uma mensagem de paz e amizade”, tem o objetivo de “garantir rotas de comércio marítimo e combater crimes no mar”.
A permissão para a entrada das embarcações iranianas na costa brasileira gerou mal-estar com o governo norte-americano e uma dura carta do governo israelense. Os dois países consideram o Irã uma nação terrorista, que pretende fabricar armas nucleares e que não respeita os direitos humanos. Ambos impuseram sanções contra autoridades iranianas.
Por isso, a proximidade do Brasil com Irã repercutiu mal com EUA e Israel. “O Brasil é uma nação soberana, mas acreditamos firmemente que esses navios não devem atracar em lugar nenhum”, disse a embaixadora norte-americana Elizabeth Bagley, no dia 15. Na quarta-feira 1º, o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, reiterou a crítica.
O governo de Israel emitiu nota na qual chamou de “perigosa e lamentável” a ação brasileira e pediu para o Brasil “seguir os passos” dados por União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão e chamar o “regime iraniano pelo que realmente é: uma entidade terrorista”.
Os navios chegaram ao Brasil no domingo 26 e têm autorização para permanecer até esta sexta-feira, 3. O Itamaraty informou que não há pedidos para prorrogar a autorização.
A fragata Iris Dena escolta o Iris Makran, considerado um “monstro do mar”, com 230 metros e cerca de 120 mil toneladas. Mais que um petroleiro convertido em porta-helicópteros, a embarcação pode lançar drones de grande porte, armados com mísseis ou de espionagem. Segundo o Departamento de Defesa norte-americano, o Iris Makran abriga a bordo um avançado centro eletrônico de coleta de dados, escuta de comunicações e vigilância de área.
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Episódio triste, lamentável e vergonhoso. Não bastasse a mágoa e decepção recentes, agora as forças armadas brasileiras, representada pela Marinha do Brasil, dá boas vindas e confraterniza com um regime tirânico, cruel, brutal e sanguinário. Endossa, assim, sua simpatia com aqueles que desprezam a liberdade e os direitos humanos mais básicos.
Uma pena.. O Brasil já teve mais dignidade
E nós estamos abrigando um navio espião. De uma nação terrorista, que além de tudo não dá plenos direitos às mulheres. Esse desgoverno de esquerda é uma piada.
País da piada , até às forças armadas não tem seriedade poderiam ter rejeitado, mas são todos sem exceção comprados, são uma vergonha esses militares, não tem mais o respeito da sociedade de bem, todos a favor da bandidagem de Brasília e estão de quatro por barbudo e sua turma fazer a orgia
O Irã é o quinto maior produtor do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e tem a terceira maior reserva de petróleo do mundo. Vão me dizer que os EUA não fazem comércio com eles? De outro lado, podemos mandar cartinha para que saiam de vários países do mundo onde não foram chamados? Não somos todos adeptos do livre comércio? E ser amigo de quem se explode em bomba não é melhor que ser inimigo? Se começarem a dizer com quem podemos ou não andar, enquanto ficam nos becos negociando com os mesmos, vai ficar difícil obter melhorias. Negociamos com russos, chineses, americanos, ingleses, franceses, alemães, e a cada 04 de cada habitante desses países, alimentamos um.
Bom argumento, Paulo. Mas que interesse temos com o Irã? Por que “colar” num país fechado, ditatorial, com quem não temos interesses comerciais e cuja proximidade nos afasta de laços que realmente nos interessam? Só um desgoverno interessado em “quanto pior, melhor” pode tomar uma atitude dessas.
Burrice genuina das autoridades brasileiras, vão pagar o preço.