Yekaterina Duntsova, ex-jornalista de TV, foi impedida de concorrer contra o presidente Vladimir Putin nas eleições presidenciais da Rússia por “erros” em seu pedido de registro como candidata.
A informação foi divulgada em seu canal de campanha no Telegram. As eleições presidenciais acontecem em março. A negação da candidatura pelo Estado russo ocorreu três dias depois de Yekaterina solicitar seu registro de candidata à comissão eleitoral.
A jornalista de 40 anos planejava concorrer à eleição russa com as bandeiras de acabar com a guerra e invasão russa na Ucrânia e libertar prisioneiros políticos. “Qualquer pessoa sã que desse esse passo ficaria com medo – mas o medo não deve vencer”, disse ela em entrevista à Reuters em novembro.
Comentaristas disseram que Yekaterina Duntsova estava “louca” por tentar concorrer com Putin
Um vídeo da reunião eleitoral central mostrou os membros votando por unanimidade para rejeitar a candidatura de Yekaterina. Ella Pamfilova, chefe da comissão, até ofereceu palavras de consolo à jornalista.
“Você é uma jovem, tem tudo pela frente”, disse Ella. “Qualquer sinal negativo sempre pode ser transformado em um sinal positivo. Qualquer experiência ainda é uma experiência.”
A comissão disse, por meio de documentos, que faltavam assinaturas adequadas. A rejeição da candidatura tem sido usada por críticos de Putin como prova de que ninguém com opiniões genuínas da oposição tem autorização a se opor a ele nas eleições presidenciais, de acordo com a CNN.
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Os opositores também encaram as eleições como um processo falso, com apenas um resultado possível: a reeleição de Putin. O Kremlin afirma que Putin tem apoio genuíno de toda a sociedade, com índices que chegariam à marca de 80%, e que ele vencerá as eleições.
Quando Yekaterina Duntsova disse que queria concorrer, comentaristas disseram que ela era louca, corajosa ou parte de um plano elaborado por Putin para criar uma aparência de competição.
E depois o Molusco diz que o Putin não é um ditador e que ele não iria preso se viesse ao Brasil.
Que boa nova ver que na Rússia ainda existem vozes capazes de (tentar) derrubar a ditadura. É um bom exemplo para o mundo. E Alexey Navalny, como será que está?