Um dos países do Oriente Médio que chamam atenção pela transformação na paisagem, o Catar tem uma peculiaridade extra em relação ao restante do mundo. Atualmente, é o país com a menor proporção de mulheres por homens em todo o planeta — uma contradição no lugar onde a religião permite a poligamia masculina.
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De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), por volta de 70% da população do Catar é masculina. Ou seja, em um grupo de dez habitantes, sete são homens e apenas três, mulheres. A pior situação é para os moradores com idade entre 31 e 50 anos. Nessa faixa etária, apenas 23% são mulheres.
O país é governado por uma monarquia absolutista de cunho muçulmano. Trata-se de uma religião que permite a poligamia masculina, na qual o homem pode se casar com mais de uma mulher ao mesmo tempo. Na prática, porém, as noivas estão em falta — pelo que mostram os números.
O motivo para o desequilíbrio, no entanto, não está ligado à forma de governo. A causa para a disparidade é o grande fluxo migratório, que inundou o país de homens em busca de trabalho e prosperidade.
Imigração para o Catar
Atualmente, o Catar abriga 3 milhões de habitantes — a maior parte deles não nasceu no país. A entrada de imigrantes passou a superar o número de nascimentos em 1960. Naquele ano, a população era de apenas 34 mil moradores. De lá para cá, o país registrou 800 mil nascimentos, ao mesmo tempo em que houve a entrada de 2,3 milhões de estrangeiros.
O Catar passou a existir como nação em 1971. Antes disso, estava sob domínio britânico. A independência veio junto com a riqueza gerada pela exploração de petróleo, que começou a ganhar espaço na economia local na década de 1950. Até então, a produção de pérolas era o principal negócio na área.
Na década de 1970, teve início a extração de gás natural. Hoje, o Catar é um dos maiores fornecedores dessa fonte de energia no planeta, responsável por cerca de 5% da oferta global.
Deve ser silencioso e calmo…