O Chile terá uma eleição presidencial acirrada entre o candidato de direita José Antonio Kast e o de extrema esquerda Gabriel Boric. Os dois chegam praticamente empatados nas pesquisas eleitorais. Ambos disputam os votos de eleitores centristas e de ausentes no primeiro turno.
Kast é um advogado e ex-parlamentar de 55 anos alinhado ao conservadorismo. Ele já defendeu o governo do ex-presidente Augusto Pinochet (1973-1990) e chegou a ser apelidado de “Trump dos Andes”. Por isso, o candidato obteve a maioria dos votos (27,91%) no primeiro turno em novembro.
Boric tem 35 anos e também foi parlamentar, mas se destacou como líder estudantil ao participar dos protestos que paralisaram o Chile há dois anos. Em 2019, extremistas aterrorizaram o país, provocando episódios de violência e vandalismo. Boric teve 25,83% dos votos no primeiro turno.
Pesquisa da consultoria AtlasIntel sobre intenções de voto para a corrida eleitoral do domingo 19 mostram os dois candidatos em empate técnico, cada um com cerca de metade dos votos válidos.
Centristas e ausentes no primeiro turno
Kast e Boric disputam o apoio de eleitores de centro e daqueles que não foram votar no primeiro turno. Nele, 47% dos 15 milhões de chilenos habilitados para votar compareceram às urnas.
Segundo analistas, Kast tem a simpatia de eleitores com mais de 50 anos de idade. Mas, Boric é apoiado por jovens de menos de 30 anos. O comparecimento às urnas de eleitores mais jovens poderia, em tese, decidir o pleito a favor de Boric.
Historicamente, os índices de comparecimento às urnas no país não costumam passar de 50% dos eleitores aptos a votar.
Candidatos à eleição para presidente do Chile têm propostas antagônicas
Para o segundo turno, Kast redirecionou suas propostas de campanha para tentar convencer eleitores de centro.
Suas promessas incluem fortalecimento da Justiça e da segurança pública, combate à imigração irregular, redução do tamanho das instituições governamentais, redução de impostos para grandes empresas e a manutenção do sistema previdenciário privado.
Mas, retrocedeu em ideias como a privatização da mineradora de cobre Codelco e a extinção do Ministério da Mulher.
Boric não fez alterações significativas em suas promessas do primeiro turno. No entanto, quer avançar em programas de direitos LGBTQIA+ e das mulheres, combate às mudanças climáticas e aumentar os royalties de mineração e impostos corporativos. Ele também quer implantar um novo sistema previdenciário para aumentar o valor das aposentadorias.
Desde a sexta-feira 17, comícios e propaganda política estão suspensos no Chile. Analistas estimam que a disputa será acirrada até a contagem final dos votos.
Será que o Boca de Veludo vai pro Chile acompanhar as eleições?
Está historicamente comprovado que a estatização aumenta a pobreza e a ignorância. Os mais jovens, se não bem educados pelos mais velhos, se tornam vítimas da esquerda e poderão produzir um colapso nas liberdades individuais, econômicas, políticas e de expressão.
Espero que os comunistas não destruam mais uma república sul-americana.