Se desejarem, as grávidas da China podem fazer cesarianas, mesmo que seus maridos discordem da decisão. Os detalhes da medida estão sendo discutidos pelo comitê permanente do Parlamento, de acordo com informação da mídia estatal, divulgada nesta terça-feira, 21.
O comitê quer começar a dar mais direitos às mulheres, começando pela mudança na decisão de seus partos. Atualmente, hospitais só autorizam que gestantes façam cesarianas se os maridos derem permissão.
O grupo parlamentar vai propor um esboço de emenda à Lei de Proteção dos Direitos e Interesses da Mulher, que foi aprovada em 1992. Apesar de estar em vigor há quase 30 anos, a norma ainda sofre com problemas antigos e pressão da sociedade, afirmou o parlamentar He Yitin, ao Beijing News.
Pela regra, mulheres deveriam ter direitos iguais aos dos homens na China, mas as decisões sobre casamento, as escolhas de ter filhos ou construir uma carreira são frequentemente decididas por seus familiares ou autoridades.
Lei do filho único na China
Para frear o crescimento populacional, por muitos anos as mulheres só puderam ter um bebê. Mas, por causa da baixa taxa de natalidade registrada nos últimos anos, a lei do filho único, que estava em vigor desde a década de 1970, sofreu alterações.
Em 2015, a China deu a permissão para casais terem dois filhos e, em outubro deste ano, a autorização aumentou a quantidade de três por família.