Empresas de Shenzhen, um dos mais importantes polos tecnológicos e financeiros da China, poderão reabrir em breve, apesar do lockdown decretado na cidade para conter um novo surto de covid-19.
O anúncio foi feito por autoridades locais nesta quinta-feira, 17, depois do bloqueio ter abalado os mercados financeiros globais e gerado temores sobre os efeitos da paralisação sobre as cadeias globais de suprimentos, já afetadas pela pandemia.
“Vamos organizar as empresas para voltar ao trabalho”, disse o vice-prefeito de Shenzhen, Huang Qiang, em uma nota divulgada pelo governo local e citada pela agência de notícias Associated Press.
Huang não deu uma data para que as companhias sejam autorizadas a retomar as operações, mas disse que elas deverão intensificar as medidas contra a covid-19 e monitorar as condições de saúde de seus funcionários.
Líderes do Partido Comunista Chinês enfatizaram durante uma reunião realizada hoje a “necessidade de manter a produção normal”, mas ressaltaram que o controle epidemiológico da covid-19 deve continuar sendo “realizado com vigor”, segundo a emissora estatal CCTV.
As empresas não essenciais em Shenzhen foram obrigadas a fechar na segunda-feira 14. Os serviços de ônibus e metrô deixaram de operar. Moradores foram orientados a ficar em casa, enquanto as autoridades iniciavam o programa de testes.
O lockdown gerou um alerta global sobre o possível impacto da medida sobre a fabricação de smartphones e de outros produtos de indústrias que estão em Shenzhen, que fica próxima a Hong Kong.
O vice-prefeito de Shenzhen afirmou que a situação da pandemia é “positiva”, mas que a cidade ainda está sofrendo “surtos esporádicos”. Mais 71 casos de covid-19 foram registrados nas últimas 24 horas, segundo ele.