A quantidade de gás exportado da China para a Europa aumentou nos últimos meses, na esteira das sanções do Ocidente à Rússia. Na última semana, os russos interromperam o fornecimento de gás ao Velho Continente por meio do gasoduto Nord Stream 1.
Segundo a Sinopec, maior estatal de refino de petróleo chinesa, Pequim elevou em 65% as importações de gás natural fornecido pela estatal russa Gazprom ao longo deste ano.
Com isso, as exportações à Europa cresceram, chegando a 4 milhões de toneladas de gás. O número equivale a cerca de 7% do consumo europeu no período, e segundo valores apresentados pela empresa, teriam rendido cerca de US$ 100 milhões.
Segundo a mídia chinesa, a Sinopec teria realizado a venda de ao menos 45 navios com gás natural russo. O volume deve ajudar a Europa a atingir 80% das reservas de gás natural.
Com o conflito na Ucrânia completando seis meses, a situação europeia ainda parece longe de ser resolvida. O continente europeu agora continua em busca de substitutos para o gás russo.
Empresa estatal lucra com a guerra
O gigante chinês de petróleo e gás registrou lucros abundantes no primeiro trimestre deste ano, inflado em partes pelo petróleo russo mais barato.
A maioria dos segmentos da empresa, com exceção de produtos químicos, teve bom desempenho no primeiro trimestre. A divisão de produção de petróleo e gás da Sinopec registrou um aumento no lucro de quase 300% em base anual, o equivalente a US$ 1,7 bilhão.
A Sinopec foi a maior compradora de petróleo do Oceano Pacífico da Sibéria Oriental, um tipo de petróleo russo, no final da primavera e início do verão no Hemisfério Norte, segundo a Reuters.