A China manifestou apoio à Rússia depois de uma rebelião provocada pelo grupo de mercenários Wagner. Por meio de uma mensagem divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores no domingo 25, o país expressou suporte pela manutenção da estabilidade nacional do território russo.
Os chineses consideraram o conflito como um assunto interno da Rússia e reafirmaram sua “parceria estratégica abrangente” com o país de Vladimir Putin. A China manifestou, também, apoio pela estabilidade e pelo desenvolvimento nacional da Rússia.
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Andrey Rudenko, visitou Pequim ontem e se reuniu com autoridades chinesas. Durante o encontro, os dois lados reafirmaram a estreita parceria e confiança política.
O presidente Vladimir Putin é um parceiro próximo do secretário-geral do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, na busca por uma nova ordem mundial e alinhamento estratégico contra os EUA.
Posicionamento norte-americano
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, atribuiu às tensões da Rússia como o fator responsável pela revolta provocada pelo grupo Wagner. Segundo ele, o ocorrido pode afetar a capacidade bélica dos russos na guerra contra a Ucrânia.
“Observamos mais rachaduras surgirem na fachada russa”, argumentou Blinken durante entrevista para a emissora NBC. “É muito cedo para dizer exatamente para onde vão e quando chegarão lá. Mas, certamente, temos todo tipo de novas questões que Putin terá de abordar nas próximas semanas e meses. Na medida em que os russos estão distraídos e divididos, isso pode tornar mais difícil o processo de violência contra a Ucrânia.”
Encerramento da revolta e acordo com o Kremlin
Um dia depois de os combatentes mercenários do Wagner terem retornado de sua marcha em direção a Moscou, a revolta foi encerrada. Yevgeny Prigozhin, líder do grupo, concordou em retirar seus combatentes em um acordo com o Kremlin, que supostamente o levaria ao exílio em Belarus.