A política de expansionismo do governo chinês continua sendo vista como ameaça a muitos países, principalmente vizinhos. O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro Jr., declarou que a “China se comporta como um valentão de escola em relação aos países menores”, em entrevista à CNN.
Ele alertou sobre os riscos de Pequim expandir seu domínio territorial no Mar do Sul da China.
“Não consigo pensar em nenhum caso de bullying mais claro do que este”, argumentou Teodoro.
“Não se trata de roubar o dinheiro do almoço, mas sim de roubar a lancheira, a cadeira e até matrícula na escola.”
Defesa pela existência
As declarações do secretário acontecem em meio a medidas cada vez mais firmes das Filipinas de proteger a área que reivindica no Mar do Sul da China há mais de um mês. A tensão entre Manila e Pequim sobre a região, que dura há anos, aumentou neste verão.
O governo filipino retirou uma barreira flutuante de 300 metros de comprimento sustentada por boias brancas nessa segunda-feira 25, um dia depois de terem sido instaladas pela China, perto de Scarborough Shoal.
Teodoro considerou a recusa de seu país em recuar nas águas de sua zona econômica de 200 milhas náuticas como uma luta pela próxima existência das Filipinas.
“Estamos lutando pelos nossos pescadores, estamos lutando pelos nossos recursos. Estamos lutando pela nossa integridade como Estado arquipelágico. A nossa existência como República das Filipinas é vital para esta luta”, disse à CNN.
“E se não pararmos, a China irá penetrar cada vez mais naquilo que está dentro da nossa jurisdição soberana, dos nossos direitos soberanos e dentro do nosso território.”
Teodoro destaca que o governo chinês não irá parar com suas ações até controlar “todo o Mar do Sul da China”.
O que a China reivindica
Pequim reivindica “soberania indiscutível” sobre quase todos os 1,2 milhões de quilômetros quadrados do Mar do Sul da China e sobre a maior parte das ilhas e bancos de areia na região, incluindo várias que estão a centenas de quilômetros da China continental.
Além das Filipinas, Malásia, Vietnã, Brunei e Taiwan também têm reivindicações na área.
Nas duas últimas décadas, a China ocupou vários recifes e atóis em todo o Mar do Sul da China, construindo instalações militares, como pistas e portos, o que, segundo as Filipinas, desafia a sua soberania e os seus direitos de pesca.
Em 2016, um tribunal internacional em Haia, na Holanda, decidiu a favor das Filipinas em uma disputa marítima histórica, que concluiu que o governo chinês não tem base jurídica para reivindicar direitos históricos sobre a maior parte do Mar do Sul da China.
Porém, Pequim ignorou a decisão e continua expandindo sua presença na hidrovia.
A China tem fome de tudo e passa por cima como se a lei não existisse.
Prefiro ficar num quarto om 10 jararacas do que com 1 chinês.