Os norte-americanos agora terão certa dificuldade para visitar a Europa. Isso porque a partir de 2024, a União Europeia deverá exigir que os visitantes oriundos dos Estados Unidos apresentem pré-aprovação por meio do Sistema Europeu de Informações e Autorizações de Viagem. O custo do formulário obrigatório Etias para os norte-americanos que solicitarem visto para a Europa deverá ser de aproximadamente US$ 8.
Os norte-americanos interessados em provar a pizza italiana, o croissant francês ou o pastel de Belém português agora deverão fornecer previamente uma documentação completa da viagem. Informações como passaporte, informações pessoais, nível de escolaridade, ocupação atual, detalhes do itinerário da viagem e, inclusive, antecedentes criminais devem ser enviadas às autoridades europeias antes do embarque.
Apesar da maioria das solicitações de permissão de viagem ser processada em minutos, algumas podem levar mais tempo para a aprovação; assim, a União Europeia aconselha os seus visitantes a se inscreverem “com bastante antecedência”. As autoridades europeias prometem responder à demanda dos viajantes norte-americanos dentro de quatro dias, mas uma prorrogação de até 30 dias, a depender da circunstância, não deve ser descartada.
Os norte-americanos não estão habituados à burocracia
De acordo com o periódico norte-americano New York Post, uma vez obtida a autorização, no entanto, ela é válida por até três anos — ou até que o passaporte do visitante expire. Os norte-americanos interessados no visto para a Europa agora têm essa preocupação.
O site oficial da União Europeia diz: “Com uma autorização de viagem Etias válida, você pode entrar no território desses países europeus quantas vezes quiser para estadias de curta duração — geralmente por até 90 dias em qualquer período de 180 dias. Porém, a entrada não está garantida. Quando você chegar, um guarda da fronteira pedirá para ver o seu passaporte e outros documentos a fim de verificar se você atende às condições de entrada”.
A autorização de viagem só é necessária para entrar em 30 países europeus, dentre os quais Espanha, Alemanha, França e Grécia.
Peter Greenberg, editor de viagens da emissora norte-americana CBS, disse: “A maioria dos norte-americanos, na verdade, todos os norte-americanos, não está acostumada a fazer isso para ir à Europa, então haverá muitas surpresas nos portões de embarque, com pessoas sendo impedidas de embarcar nas primeiras semanas — se isso entrar em vigor”.