Clickbait é uma minissérie da Netflix, apresentada em oito episódios, que narra a história do fisioterapeuta Nick Brewer (Adrian Grenier). Ele é sequestrado, e sua vida passa a depender de um jogo on-line que envolve visualizações e curtidas.
Depois de sofrer o sequestro, Brewer aparece em um vídeo que viraliza na internet. Ele segura uma placa com a seguinte mensagem: “Eu abuso de mulheres. Com 5 milhões de visualizações, morro”.
No desenrolar da minissérie, romances virtuais bobos vão surgindo, expondo a fragilidade contemporânea da carência e do desespero por relacionamentos superficiais. Dentro desse labirinto, Clickbait põe em xeque os relacionamentos via aplicativos e sites, levando os usuários a questionar com quem eles realmente interagem, confiam e se expõem, muitas vezes de forma sexualmente explicita, com vídeos, fotos e áudios.
A série provoca os espectadores e busca entender até onde vai a confiança dos cidadãos em pessoas desconhecidas. Nessa obra fictícia, os relacionamentos não têm toque, presença nem olhar. Não há a simplicidade inerente às relações verdadeiras. “Com quem você realmente conversa? Você sabe em quem você deu match nas últimas horas?” — essas são as perguntas deixadas pela minissérie.
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Um sentimento de inadequação social e rejeição marital levou uma das protagonistas da série a destruir vidas e famílias. Personagens extremamente carentes, que acreditaram em uma relação virtual, afirmaram que realmente conheciam Nick — e que tinham um caso com ele. Mas elas não o conheciam de fato. Nunca o tinham visto. No entanto, o imaginário e o desespero por uma relação levou essas mulheres a darem falsos testemunhos.
A minissérie põe os espectadores em um dilema, porque os leva a questionar até onde as ações no mundo virtual influenciam a vida real. E quem realmente são as pessoas com quem elas se relacionam nas redes sociais.