Sabe aquela selfie básica que você tirou para a foto do seu perfil nas redes sociais? Apague, ela não serve mais — ao menos quando se trata da sua imagem no LinkedIn ou nas outras redes sociais profissionais. O que está em voga agora é chamar um fotógrafo profissional para fazer a foto. Mas não basta que seja um fotógrafo qualquer, mesmo sendo profissional e craque. Tem que ser alguém que entenda de estilo. Isso mesmo. Maquiagem, cabelo, roupas… Alguém que cuide do visual completo.
Para que tudo isso? Para te deixar com cara de inteligente. Para te deixar com aquele ar confiante sem ser arrogante. Assertivo sem ser inacessível. E até atraente, mas sem ser sexy. Quem não gostaria de se ver numa foto assim? E é exatamente assim que deve ser a sua foto de perfil nas plataformas profissionais hoje em dia. Mas não confunda isso com aquela aparência abotoada, maquiada e dura que predominava nos diretórios de negócios. Naturalidade e segurança são a chave.
De acordo com o jornal norte-americano Wall Street Journal, nos Estados Unidos há pessoas pagando entre US$1 mil US$2 mil a fotógrafos com agenda lotada para ter a foto ideal. Ali está se formando uma verdadeira indústria caseira dos chamados fotógrafos de “headshot“. Eles oferecem, além da assessoria de estilo, até treinamento de expressão facial, e dessa forma acabam ajudando inclusive os mais inseguros a saírem bem na foto.
“Eu não sou um fotógrafo em si”, diz Peter Hurley, que cobra US$1,5 mil por uma sessão de headshot e US$300 por cada imagem que fica com seus clientes. “Eu me considero um estrategista de comunicação facial.” Seu trabalho envolve coisas como por exemplo fazer as pessoas “espremerem os olhos” um pouco mais ou um pouco menos, levantar as pálpebras inferiores ou sorrir no ponto certo. Fotógrafos que desejam imitar suas técnicas pagam US$1,8 mil por um de seus workshops de fim de semana.
A importância de uma boa foto no perfil é de certa forma mensurável. O LinkedIn relata que perfis com fotos têm 21 vezes mais visualizações e os usuários recebem nove vezes mais solicitações de conexão. Se as fotos forem realmente boas, imagina-se que o tráfego da plataforma aumente. Nesses tempos em que as pessoas — incluindo aí os recrutadores — têm total falta de tempo e paciência para permanecer mais que alguns segundos na frente de um currículo, é preciso cuidar bem da primeira impressão que se passa, pois ela tende a ficar.