O ministro da Fazenda da Colômbia, José Manuel Restrepo Abondano, entregou ao Congresso um projeto de reforma tributária que busca arrecadar 15,2 trilhões de pesos por ano, valor que equivale a R$ 20,7 bilhões. Segundo estimativas do governo, a iniciativa, se aprovada, vai beneficiar mais de 50% das famílias colombianas (7,8 milhões de famílias).
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Entre as propostas apresentadas está a extensão de programas sociais como o Ingreso Solidario, que duraria até dezembro de 2022 e atingiria mais de 4 milhões de famílias a partir de abril do próximo ano. No projeto também existe um incentivo à criação de empregos para os jovens e o resto da população. Os subsídios vão permitir a recuperação de cerca de 500 mil empregos, segundo cálculos da Carteira de Finanças e Crédito Público.
Protestos
Enquanto o texto era entregue aos parlamentares, sindicatos e grupos estudantis protestavam em Bogotá, a capital do país. Em maio, essa mesma reação fez com que o governo reduzisse a pretensão inicial de arrecadação, que era de 23,4 trilhões de pesos por ano (R$ 31,9 bilhões).
Os manifestantes dizem não acreditar na proposta de melhorar as oportunidades para os jovens, incluindo um subsídio de 25% do salário mínimo para empresas que contratam jovens de 18 a 28 anos.
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