A Venezuela anunciou a possibilidade de retomar suas relações militares com a Colômbia. “Recebi instruções de Nicolás Maduro para estabelecer imediatamente contato com o Ministério da Defesa colombiano para restabelecer nossas relações militares”, escreveu o ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, no Twitter.
O anuncio acontece dois dias depois da posse do esquerdista Gustavo Petro como presidente da Colômbia. Até então, os dois países mantêm uma relação estagnada e com a confiança bilateral rompida pelas ações dos últimos governos.
Após a vitória eleitoral em junho, Petro anunciou que reabriria as fronteiras com a Venezuela para “restaurar o pleno exercício dos direitos humanos” lá. Na Venezuela, as declarações de Petro foram recebidas com um ar de otimismo e esperança de que possam resultar na normalização das relações bilaterais.
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A fronteira entre os dois países foi fechada em 2015 pelo ditador Maduro depois de um confronto entre forças de segurança venezuelanas e civis, que Maduro atribuiu ao “paramilitarismo” na Colômbia e pelo qual culpou ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, que na época negou as acusações.
O colombiano Iván Duque foi um dos líderes regionais que promoveram o chamado Grupo Lima, que surgiu em agosto de 2017, com o objetivo de buscar uma solução pacífica para a crise na Venezuela. Vários governos da região sancionaram política e economicamente a ditadura de Maduro.
Em 2008, o intercâmbio comercial entre os dois países era de cerca de US$ 7,2 bilhões, em 2015 havia caído para cerca de US$ 1,3 bilhão e em 2020 era de apenas US$ 221 milhões.
A pandemia agravou o fechamento de passagens de fronteira. Em 2020, a Colômbia determinou o fechamento como medida sanitária.
Quem mandou votar no comunista, aqui se faz e aqui se paga.