O presidente Jair Bolsonaro assume nesta quinta-feira, 8, o comando do Mercosul pelos próximos seis meses. A passagem de bastão, que hoje está nas mãos da Argentina, deve ocorrer em reunião virtual. O Brasil promete fazer “dobradinha” com o Uruguai, de modo a liberalizar a união aduaneira ao permitir acordos bilaterais com países fora do bloco.
Membros do Mercosul criticam sua face protecionista, dada pelo presidente da Argentina, Alberto Fernández. Na comemoração dos 30 anos do bloco, o peronista atacou o presidente do Uruguai, Lacalle Pou, ao dizer que, quem quer a abertura da união aduaneira ao mundo, tem de “abandonar o barco”. O horizonte ficará nublado para os hermanos.
Em linhas gerais, o desentendimento se dá em torno da redução da tarifa externa comum (TEC). Assim como o Uruguai, o Brasil defende a redução radical da TEC, enquanto a Argentina prefere queda gradual da alíquota, evitando aplicá-la ao setor industrial, pelo menos até janeiro. Bolsonaro e Lacalle defendem que o bloco deixe de ser ideológico.
Que assim seja!