Joe Biden inicia nesta quinta-feira, 19, sua primeira viagem como presidente dos Estados Unidos à Ásia. No roteiro de cinco dias estão visitas à Coreia do Sul e ao Japão.
Biden vai encontrar o novo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, em Seul e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em Tóquio, líderes que compartilham ansiedades sobre a Coreia do Norte e a China e pretendem construir longas alianças com Washington.
Segundo analistas ouvidos pela agência de notícias Reuters, na viagem, Biden pretende levar uma mensagem à China: não tente o que a Rússia fez na Ucrânia em qualquer lugar da Ásia, especialmente em Taiwan.
“No fundo, esta viagem trata da construção da rede de alianças no leste da Ásia”, em parte para combater quaisquer ações chinesas contra Taiwan, disse Evan Medeiros, especialista em Ásia do governo Barack Obama, à Reuters.
Atualmente, a China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e a maior fonte de bens que o Japão importa.
Parcerias militares
Espera-se que Biden ofereça uma colaboração mais profunda aos aliados em uma série de iniciativas tecnológicas, destaque novas parcerias público-privadas para aliviar as restrições da cadeia de suprimentos e suporte a iniciativas sul-coreanas e japonesas para modernizar suas capacidades de defesa e desenvolver capacidade militar ofensiva.
Japão
No Japão, Biden também lançará uma parceria que incentiva o diálogo e o investimento transfronteiriço relacionado ao comércio, resiliência da cadeia de suprimentos, infraestrutura, descarbonização e medidas fiscais e anticorrupção.
Mas o que os países asiáticos mais querem — maior acesso a centenas de milhões de consumidores norte-americanos, conforme acordado na Parceria Transpacífico, que Donald Trump abandonou em 2017 — não fará parte do acordo.