A sessão de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) terminou sem votar uma resolução sobre a guerra entre Israel e Hamas, nesta segunda-feira, 30.
É a quarta semana consecutiva que o colegiado não chegou a uma resolução diplomática para o conflito entre israelenses e o grupo terrorista. As tratativas para a formulação de uma nova proposta continuam.
A reunião de emergência, que reuniu as delegações de 15 países em Nova York, nos Estados Unidos, foi convocada pelos Emirados Árabes Unidos, depois do início das incursões por terra de Israel na Faixa de Gaza.
Assembleia e Conselho de Segurança
Na sexta-feira 27, a Assembleia-Geral da ONU aprovou um documento que pede o cessar-fogo imediato para facilitar a entrada de ajuda humanitária.
Porém, a resolução é de caráter recomendatório, ou seja, as partes não têm a obrigação de seguir o que foi definido.
Já as decisões no Conselho de Segurança têm maior peso por serem vinculativas. Mesmo assim, o colegiado enfrentou impasses e não aprovou quatro resoluções apresentadas por Brasil, Rússia e Estados Unidos.
Os países concordam com a ajuda humanitária à Faixa de Gaza, mas divergem sobre temas como a condenação ao Hamas e o direito de autodefesa de Israel com ataques no enclave palestino.
Posição de Israel
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, e sua equipe passaram a usar estrelas de Davi amarelas coladas nas roupas.
O símbolo foi usado durante o regime nazista para identificar judeus na Alemanha e em outros países nas décadas de 1930 e 1940.
Erdan disse que o símbolo seria usado “com orgulho” enquanto a ONU não condenar os ataques do Hamas contra a população israelense e a libertação imediata dos reféns.
“Hoje, o mundo está vendo a ascensão de um Reich islâmico. Ainda assim, como foi na ascensão do nazismo, o mundo está em silêncio. Um silêncio ensurdecedor”, declarou.
A posição de Israel é apoiada pelos Estados Unidos, que vetaram resoluções favoráveis a um cessar-fogo, no Conselho de Segurança.
No texto aprovado pela Assembleia-Geral, a embaixadora norte-americana na ONU, Linda Tomas-Greenfield, criticou a proposta por não incluir uma condenação aos ataques do Hamas.
Ela chamou a postura do colegiado de “ultrajante”.
cessar fogo para o Hamas se reorganizar … com bandido não se negocia.