Nesta quinta-feira, 4, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou que aceitou a renúncia do ministro da Defesa Nacional, Kim Yong-hyun, do cargo. Ao cargo, o líder nomeou o ex-general Choi Byung-hyuk.
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A renúncia de Kim ocorreu depois de uma polêmica que envolveu a declaração e a posterior revogação da Lei Marcial. Tudo ocorreu entre a noite de terça-feira 3 e a manhã desta quarta-feira, 4. O então ministro ficou no posto por apenas 89 dias.
Choi Byung-hyuk é um ex-general respeitado no país. Ele já atuou como vice-comandante das Forças Combinadas Coreia do Sul−EUA entre 2019 e 2020.
Choi, até então embaixador na Arábia Saudita, é visto como alguém que trará estabilidade e conhecimento militar ao Ministério da Defesa, especialmente em um momento em que a Coreia do Sul busca fortalecer suas exportações de armamento.
As investigações na Coreia do Sul
Ao mesmo tempo, a polícia sul-coreana iniciou uma investigação para apurar possíveis acusações de traição contra o presidente Yoon. A investigação tem motivação em denúncias apresentadas pelo partido opositor Rebuilding Korea Party e por um grupo de 59 ativistas.
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Os militantes também acusam o ex-ministro Kim, o chefe do Estado-Maior do Exército, general Park An-su, e o ministro do Interior, Lee Sang-min, por suas ações relacionadas à Lei Marcial.
Previamente, o Partido Democrático, principal partido de oposição, já havia manifestado preocupações com a proximidade de Kim com Yoon e outros integrantes do governo.
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Os opositores sugerem que poderia haver um plano estratégico para a declaração da Lei Marcial, algo que foi negado por Kim. Eles destacaram, ainda, laços acadêmicos entre o presidente e figuras proeminentes, formados no Chungam College, em Seul.