Não foi só a indústria farmacêutica que lucrou com a pandemia de Covid-19 e sua nova variante Ômicron. Matéria do Wall Street Journal cita o curioso exemplo da banda de death metal belga Omicron, que adquiriu súbita notoriedade com o nome da nova cepa. A banda deixou claro em sua página no Facebook que adotou o nome há seis anos e que o marketing involuntário foi pura coincidência: “O nome de nossa banda é baseada no sistema galáctico Omicron e não na atual variante da Covid”.
O guitarrista Philippe Delhaute falou ao WSJ sobre a questão ética de aproveitar uma situação trágica para ficar mais conhecido: “É tipo, OK, vamos tomar cuidado. Nós não queremos lucrar com o sofrimento de ninguém. Mas se as pessoas acharem nosso site porque estão fazendo uma busca por Omicron e elas pensarem ‘Ei, a música é legal, vou me inscrever’, então tudo bem”.
https://youtu.be/Egp6oncbP7k
A matéria do Wall Street Journal cita outros casos, como o da cerveja mexicana Corona, fabricada pela Constellation Brands. Os fabricantes esperavam uma queda de vendas com a pandemia, mas as vendas se mantiveram tão firmes que a empresa resolveu investir num novo refrigerante em quatro sabores chamado Corona Hard Seltzer.
Outro caso é o empresa aérea Delta Air Lines. Seus executivos ficaram muito preocupados quando uma das variantes da Covid ganhou o nome da companhia. A Delta nasceu em 1930 como uma empresa de defensivos agrícolas no delta do rio Mississippi, no sul dos EUA. Apesar do temor, a empresa enfrentou a pandemia sem uma queda significativa na venda de passagens. Pelo contrário, registrou agora dois trimestres consecutivos de lucros.
O Wall Street Journal conta um caso inverso: o de uma pequena gráfica da cidade inglesa de Canterbury chamada Omicron Repo que resolveu faturar com a variante. Seus proprietários recebem os clientes com a roupa amarela dos agentes sanitários para aproveitar a onda.