O primeiro-ministro do Peru, Anibal Torres, renunciou ao cargo na manhã desta quarta-feira, 3, pelo Twitter. Advogado, o premiê era visto como um dos aliados mais leais do presidente Pedro Castillo.
Torres escreveu nas redes sociais que sua renúncia se deve a “razões pessoais”. Ele agradeceu pela oportunidade e pela confiança para exercer a função. Na carta, o advogado informou ainda que vai voltar a dar aulas no Peru.
A la comunidad informo: pic.twitter.com/M9CEcJFfHp
— Aníbal Torres V. (@anibaltorresv) August 3, 2022
O anúncio ocorre em meio a crescentes investigações criminais centradas em Castillo, que ficou cada vez mais isolado depois de um ano no cargo.
O presidente peruano está diante de uma rotatividade sem precedentes em cargos de alto escalão do governo. Ele agora terá de nomear seu quinto primeiro-ministro desde que assumiu o cargo, em julho do ano passado, um movimento que muitas vezes vem com outras remodelações do governo.
Até agora, Castillo sobreviveu a pedidos de impeachment. Ele também é alvo de cinco investigações criminais, incluindo duas que apuram se ele faz parte de uma “organização criminosa”.
O presidente ainda não se pronunciou sobre a renúncia nem disse quando nomeará um substituto.
Peru no caminho tenebroso
Pedro Castillo foi empossado em 28 de julho de 2021, já em clima de crise. Militares aposentados lançaram carta aberta para que o alto-comando das Forças Armadas não reconhecesse o novo governo do partido Peru Libre, que se declara abertamente marxista-leninista.
Leia a reportagem de Dagomir Marquezi publicada na edição 72 da Revista Oeste
Então taí os comunas no poder, um desastre ….