Além de questões culturais, o fator financeiro tem influenciado cada vez mais a decisão sobre quando sair da casa dos pais. Um estudo procurou indicar o “preço que se paga”, por assim dizer, para viver sozinho na América Latina.
Jornalistas do Grupo de Diários América (GDA) são os responsáveis pelo levantamento. O brasileiro O Globo, por exemplo, compõe o grupo. Em um total de dez capitais latino-americanas, eles avaliaram a média dos custos básicos com que se arcam para morar sozinho.
Confira a lista de cidades cujo custo de vida foi analisado
- São Paulo (Brasil);
- Bogotá (Colômbia);
- Buenos Aires (Argentina);
- Caracas (Venezuela);
- Cidade do México (México);
- Lima (Peru);
- Montevidéu (Uruguai);
- San José (Costa Rica);
- San Salvador (El Salvador);
- Santiago (Chile);
- Santo Domingo (República Dominicana).
O custo mensal de vida para uma pessoa sozinha na região varia, de R$ 1.525 a R$ 3.951. O levantamento calcula originalmente os valores em dólares (US$).
Descobriu-se, por exemplo, que os dois extremos estão geograficamente bem próximos. São as capitais Buenos Aires e Montevidéu, respectivamente a mais barata e a mais cara para morar.
Acompanhe as notícias do Mundo no site de Oeste
A comparação leva em conta os níveis de preços nas maiores cidades de cada um daqueles países (todas capitais federais, exceto São Paulo) em quatro componentes básicos. São eles:
- Aluguel de um apartamento de 40 m² (com um quarto, no mínimo);
- Serviços básicos (energia elétrica, água, telefonia/internet);
- Alimentação;
- Transporte.
Escolheram-se algumas áreas das respectivas regiões metropolitanas para a coleta dos dados. A equipe do El Financeiro, jornal costa-riquenho, ficou a cargo da compilação dos dados.
Países mais caros para se morar
A partir da informação que se obteve das capitais, os países cujo custo de vida é mais alto são Uruguai, Costa Rica, México e El Salvador. No entanto, os tipos de despesa variam bastante entre eles.
Por exemplo, serviços como fornecimento de água e de luz são muito mais baratos no México, se comparado aos outros três países “careiros”. O aluguel é que pesa demais na balança (e no bolso) dos mexicanos.
Leia também: “Onda de calor afeta preços de frutas, hortaliças e legumes”
Já em Montevidéu e San José, são os serviços e o transporte que são “salgados”. Em San Salvador, por fim, aluguel e alimentação deixam a conta mais cara.
Países mais baratos para viver
Venezuela e Argentina estão entre os lugares mais baratos. Os seus históricos de prolongado período inflacionários, porém, afetam os cálculos.
Buenos Aires apresenta o menor custo com comida: por volta de R$ 234. Além disso, o aluguel nas capitais argentina e venezuelana é bem mais baixo que o dos demais.
Na Venezuela, em contrapartida, mesmo os preços relativamente baixos são custosos para a maioria dos trabalhadores. Com um salário mínimo de 130 bolívares (cerca de R$ R$ 18,20), viver só em Caracas exige no mínimo R$ 2.087 por mês.
São Paulo no meio-termo
São Paulo e Bogotá, em contrapartida, se encontram em uma faixa mais mediana de custo de vida. Viver sozinho nessas cidades custa quase o mesmo: R$ 3.142 e R$ 3.132, respectivamente.
Na capital paulista, a comida, ou melhor, o seu preço é bem salgado. Só não é mais caro do que comer na capital salvadorenha.
Por fim, Bogotá cobra muito mais de seus cidadãos para se locomover do que São Paulo. São R$ 189,60 contra R$ 106,50 mensais.
Diferentemente do custo de ser honesto no país, muito distante, arriscar-se a descobrir, para cima ou para baixo …