A Arábia Saudita libertou a princesa Basmah bint Saud e sua filha Souhoud depois de quase três anos após ser detida sem ter sido acusada formalmente.
Não está claro ainda o porquê de sua liberação repentina, ocorrida na quinta-feira 6. As autoridades sauditas não se manifestaram sobre o assunto.
A princesa de 57 anos foi presa com uma de suas filhas, Souhoud al Sharif, em 2019, quando estava prestes a viajar para a Suíça para tratamento de um problema cardíaco.
A prisão só foi conhecida publicamente nove meses depois, quando seus parentes vazaram a história para a imprensa. Ela chegou a publicar uma carta no Twitter pedindo sua libertação porque sua saúde estava “se deteriorando”.
Ao anunciar sua libertação na noite de sábado 8, o grupo saudita de direitos humanos ALQST lembrou que “em nenhum momento durante sua detenção foi feita qualquer acusação contra ela”.
Um conselheiro da princesa, Henri Estramat, confirmou à agência de notícias Reuters que “as duas mulheres foram libertadas da sua detenção arbitrária e chegaram à sua casa em Jeddah na quinta-feira, 6 de janeiro”.
Segundo a fonte, “a princesa está bem, mas vai procurar orientação médica”.
Alguns amigos próximos atribuíram a detenção à sua defesa de uma reforma constitucional e dos direitos das mulheres.
Outras prisões da família real
Desde a ascensão do príncipe Mohammed bin Salman, vários críticos foram detidos, incluindo uma dúzia de príncipes.
Vários deles ocuparam cargos importantes à frente das agências de segurança, como governadores ou no mundo dos negócios.
A princesa, no entanto, não se encaixava nesse perfil. Além disso, ela foi trancada em uma prisão nos arredores de Riad conhecida por receber criminosos e jihadistas, ao invés da prisão domiciliar que costumava ser usada com mulheres da família real.