O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), seguindo uma estratégia similar à adotada por Donald Trump nos Estados Unidos. Manuel Adorni, porta-voz de Milei, confirmou a decisão nesta quarta-feira, 5.
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Em publicação no X, Adorni destacou que o governo argentino entende haver “profundas diferenças sobre a gestão sanitária na pandemia”.
A Casa Rosada, sob a liderança de Gerardo Werthein na chancelaria, instruiu a formalização dos trâmites necessários para a saída do país da organização. A decisão reflete a insatisfação com as medidas globais de confinamento, consideradas por Milei como responsáveis por graves impactos econômicos.
— Oficina del Presidente (@OPRArgentina) February 5, 2025
Ainda não está claro se o governo poderá usar um decreto presidencial ou se precisará da aprovação do Congresso. Caso seja por meio da segunda opção, a agenda política pode enfrentar resistência da oposição.
Milei defende a soberania nacional
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Desde o início de sua administração, em janeiro de 2023, Milei já estudava essa medida. Além disso, há discussões sobre a saída do país do Acordo de Paris e a revisão das leis sobre feminicídio no Código Penal argentino, em sinalização a críticas contra acordos multilaterais.
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Adorni afirmou que a OMS não financia diretamente as ações de saúde pública da Argentina e, por isso, minimizou os impactos imediatos da retirada.
Milei, autor do livro Pandemonics, critica a resposta global à pandemia. Além disso, afirma que os confinamentos causaram uma crise econômica inédita e feriram princípios democráticos. O livro argumenta que houve uma perda de perspectiva mundial.
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O presidente argentino tem sido um crítico das instituições multilaterais. Ele questiona a eficácia do modelo, defende a soberania nacional e argumenta que esses organismos não têm cumprido seus propósitos originais. “Não permitiremos que um organismo internacional intervenha em nossa soberania”, declarou Adorni.
O governo argentino está certíssimo, essa ONU tá na mão de comunistas terroristas