A diplomacia brasileira ignorou o resultado da eleição presidencial de Taiwan, ocorrida neste sábado, 15, e não emitiu comunicado parabenizando o novo presidente, como é de praxe nas relações internacionais. O eleito, Lai Ching-Te, é da legenda governista Partido Democrático Progressista (PDP), defensora da autonomia da ilha em relação ao governo chinês.
Na sexta-feira 13, véspera do pleito, o petista Luíz Ignacio Lula da Silva, em nota conjunta com o Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, reiterou sua posição de considerar a ilha de Taiwan como “parte inseparável do território chinês”.
“A parte brasileira reiterou que adere firmemente ao princípio de uma só China”, diz o comunicado oficial do Itamaraty. “ O governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, enquanto Taiwan é uma parte inseparável do território chinês”.
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O comunicado afirmou ainda que a China manifestou “grande apreço a esse respeito”. A diplomacia brasileira mencionou o “apoio [do governo brasileiro] ao desenvolvimento pacífico das relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan”.
Militar brasileiro minimiza fala de Lula
Para o mestre em ciências militares pela Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), coronel Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, a posição do Brasil com relação a Taiwan não é uma novidade da atual gestão Lula.
“Os governos [brasileiros], que desde 1974 reconhecem a China, sempre concordaram com o princípio de uma única China, não é nenhuma surpresa”, afirmou. “Não tem nada de diferente.”
O coronel Gomes Filho ressaltou que, ao estabelecer relações com o governo Xi Jinping, os países reconhecem “a política de uma só China”. Ele explica que o país comunista “não admite que uma nação que tenha relações com ele tenha também relações com Taiwan”.
Ao avaliar o caso dos Estados Unidos, o militar afirma que, por manter relações tanto com um lado quanto com outro, os EUA podem ser considerados como tendo uma posição ambígua.
A resposta de Taiwan nas urnas
Apesar de muitos países evitarem o reconhecimento formal de Taiwan devido à pressão da China, a população taiwanesa reivindica seu direito à autodeterminação e resistência à reunificação forçada, como demonstrado mais uma vez nas urnas.
O presidente eleito, Lai Ching-Te, anteriormente ocupava o cargo de vice-presidente de Taiwan.
Com o apoio da presidente Tsai Ing-wen, que não pode concorrer por estar em seu segundo mandato, Lai foi eleito para o comando do país com 40,05% dos votos válidos, contra 33,49% de seu adversário político, favorável ao domínio da China.
Entenda a disputa entre a China e Taiwan
No comando do Partido Comunista da China, o líder Xi Jinping busca reafirmar o controle total sobre Taiwan, uma ilha que adotou o regime democrático nos anos 1990.
Xi expressou sua intenção de “reunificação” com o território taiwanês, intensificando as tensões militares na região.
O relacionamento entre China e EUA é fortemente influenciado por essa questão, sendo o governo norte-americano o principal fornecedor de armamentos para Taiwan e um potencial aliado militar em caso de conflito com a China.
Como sempre: Anões diplomáticos…
Na cabeça obtusa desse molusco, o Estado de Israel é genocida e ocupa um espaço que não lhe pertence, Mas a China tem direito de reclamar o território de Taiwan,,,realmente….
Bom é a coerência do governo brasileiro, “China única e Amazônia repartida”. A diplomacia é todinha vermelha, são 45 anos de aparelhamento
Um anão diplomático, vai se fui…, of course!!!
Tudo que presta, tudo que é correto, justo e honesto, o Brasil ignora.
Lastimável
É impressionante como cada vez que o Lula abre a boca para um assunto internacional e de diplomacia, solta uma fanfarronada nada inteligente. A velha escola do Itamaraty já teve dias mais gloriosos.