Segundo relatório, russos investiram em pesquisa sobre tecnologia de pulsão de radiofrequência
Um relatório médico divulgado no último sábado, 5, pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina (Nasem, na sigla em inglês), instituição dos Estados Unidos, revela que funcionários do governo norte-americano a serviço nas embaixadas em Cuba e na China podem ter sido atingidos por energia de radiofrequência pulsada, tipo de radiação que inclui micro-ondas.
A doença misteriosa, chamada de “síndrome de Havana”, foi identificada pela primeira vez na capital cubana em 2016, acometeu diplomatas e espiões norte-americanos, além de funcionários de embaixadas nos últimos anos.
Agentes diplomáticos lotados em Havana, Cuba, e em Guangzhou, China, queixaram-se de náusea, tontura, pressão nos ouvidos, ruídos altos, dificuldades cognitivas e dor de cabeça. Alguns deles ainda sofrem esses sintomas em 2020. Por esse motivo, o governo dos Estados Unidos encomendou um estudo para investigar o caso e fazer recomendações de saúde a seus servidores.
O relatório final da pesquisa recebeu o título de “An Assessment of Illness in U.S. Government Employees and Their Families at Overseas Embassies” (em tradução livre, “Uma avaliação de doenças em funcionários do governo dos EUA e suas famílias em embaixadas no exterior”) e está disponível para download no site do instituto.
O relatório não aponta responsáveis pelo ataque, mas faz menção ao número significativo de pesquisas envolvendo tecnologias de pulsão de radiofrequência na Rússia e na antiga União Soviética. Apesar de constatar a causa provável, o documento não informa se as lesões foram causadas de forma proposital, por meio de uma arma. Segundo a NBC, em 2018, oficiais da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos indicaram os russos como autores mais prováveis de uma ação com esse tipo de armamento.
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