Depois da divulgação de uma imagem em que Vladimir Putin segura uma cédula simbólica do Brics — formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, as redes sociais foram inundadas com especulações sobre a implantação de um novo sistema de pagamento no bloco. O presidente russo apresentou à Cúpula a ideia de criar uma moeda única para os países do grupo político e econômico, em reunião que acabou na quinta-feira 24.
Durante a cúpula em Kazan, a nota virou um símbolo das ambições do grupo em reformular o sistema financeiro global. A agência russa Sputnik relatou um debate fechado sobre a moeda comum. “Representa o trabalho coletivo que está sendo realizado dentro da estrutura do Brics”, destacou o veículo.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
Discussões entre Putin e outros líderes do Brics sobre sistema de pagamento
A reunião contou com a presença de pelo menos 20 líderes globais, incluindo representantes da Turquia e do Irã. No centro das discussões estava a formação de um sistema de pagamento internacional. O Brics comandaria, portanto, o novo método de circulação de recursos.
O que diz o presidente Lula sobre as ambições do bloco
Em uma reunião por videoconferência, que ocorreu na quarta-feira 23, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou seu apoio a meios de pagamentos alternativos para negociações entre os membros do bloco. Para o petista, a ideia seria diminuir vulnerabilidades financeiras.
Lula enfatizou a necessidade de uma “ordem multipolar” no sistema financeiro global: “Não se trata de substituir nossas moedas”.
+ Declaração do Brics defende nova ordem mundial e fim de sanções a ditaduras
No entanto, disse o presidente brasileiro, “é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional”.
“Precisamos enfrentar essa discussão com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não podemos mais adiá-la”, destacou Lula.
Leia também: “Em reunião com o ditador Nicolás Maduro, Vladimir Putin diz que a Venezuela é um ‘sócio confiável’”
Realmente a alusão à Maduro e Lula é bizarra. Todavia, acho que não devemos desprezar os BRICS, afinal trata-se de uma agrupamento de países que tem 60% da população mundial e o PIB 3 vezes maior que o G-7. Também lembrar que o Temer e o Bolsonaro também são entusiastas do grupo. Não se trata de uma agenda política, mas comercial! É necessário pensarmos em termos de política de Estado, não de Governo.
Pergunto: dos 5 membros originias tínhamos 3 democracias ( Brasil, Índia e África do Sul) e 2 regimes ditatoriais. Mas quando a Rússia viu democracia desde sua fundação nos anos 800? Nunca. E a China? também nunca e nunca serão. Nós temos que aproveitar as oportunidades comerciais. A China nosso maior mercado, a Rússia, maior mercado do Brasil para fertilizantes. As questões políticas não entram na equação!
Bostovski ou Merdevski são bons nomes pra essa moeda