Em artigo publicado na Edição 128 da Revista Oeste, Joanna Williams escreve sobra a nova moda woke: editar antigas obras de cultura, de forma a reescrever os registros do passado.
Leia um trecho
“Quando músicas, filmes e livros podem ser alterados com um apertar de botão, e a atualização substitui o original, somos forçados a questionar nossas lembranças do que podemos ter lido ou ouvido dias antes. Esse processo é especialmente preocupante quando se trata de algo editado em reação aos gritos dos ofendidos. Porque significa que não é o autor que determina o conteúdo de seu trabalho, mas as pessoas que gritam mais alto nas redes sociais. Também gera uma tendência de editar a posteriori trabalhos mais antigos, talvez muito depois da morte de seu criador.
Vemos isso em pedidos de ‘atualização’ de obras clássicas de literatura, seja em adaptações modernas, seja simplesmente apagando palavras ofensivas das novas edições. A literatura infantil é um foco especial dessa forma de revisionismo. Alguns livros foram totalmente tirados de circulação (como títulos da coleção Dr. Seuss, por exemplo). Em outros casos, nomes de personagens e palavras foram alterados (como da autora de infantojuvenis Enid Blyton). Também existem casos de livros inteiros que foram reescritos (por exemplo, a atualização dos romances de E. Nesbit, escritos por Jacqueline Wilson).”
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Revista Oeste
A Edição 129 da Revista Oeste vai além do texto de Joanna Williams. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Augusto Nunes, J.R. Guzzo, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Ana Paula Henkel, Flavio Morgenstern e Loriane Comeli, Silvio Navarro, Artur Piva e Branca Nunes, Dagomir Marquezi, Flávio Gordon, Theodore Dalrymple, Bruno Meyer e Milton Neves.
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