O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teve um papel central no arquivamento das acusações de crimes de guerra contra o soldado israelense Yuval Vagdani, conta o The Jerusalem Post. A investigação foi oficialmente encerrada, segundo o jornal israelense.
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Ao jornal Maariv, Eduardo Bolsonaro disse que se mobilizou de forma espontânea, independentemente de qualquer pedido. Ele estava em meio ao recesso parlamentar.
“Estava em casa com minha esposa e filhos quando gravei o primeiro vídeo defendendo o soldado israelense”, explicou.
O conteúdo, em português e inglês, foi publicado em suas redes sociais, nas quais o deputado conta com 13 milhões de seguidores.
Eduardo Bolsonaro conta que recebeu a ligação do ministro de Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli, poucos minutos depos, sem que tivesse combinado algo.
“Vi a bandeira de Israel no identificador de chamadas e pensei que fosse a embaixada, mas era o ministro de Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli”, relatou.
Segundo Chikli, a Fundação Hind Rajab tem ligações com grupos terroristas, incluindo o Hezbollah, e atua no Brasil por meio de afiliados libaneses.
Naquele domingo, o ministro havia enviado carta a Eduardo Bolsonaro em que dizia que o pedido de investigação por supostos crimes de guerra era uma “desgraça ao governo brasileiro” e pediu ajuda ao deputado para endossar a acusação.
A denúncia, apresentada pela fundação pró-Palestina Hind Rajab, acusava Vagdani, de férias no Brasil, de demolir prédios residenciais com explosivos em novembro do ano passado.
Segundo a entidade, as demolições ocorreram fora de zonas de combate e atingiram abrigos para palestinos deslocados. Vagdani deixou o pais às pressas e voltou para Israel.
Conforme relatou o Post, a campanha liderada pelo parlamentar, em conjunto com o ministério israelense, resultou na mudança de narrativa nas redes sociais e na reavaliação do caso pela Polícia Federal.
“A denúncia foi rejeitada, encerrando o risco de prisão para Vagdani.”
O deputado comemorou a decisão ao lado do pai, Jair Bolsonaro. Ele ressaltou que o episódio serviu como um precedente que evitará novos constrangimentos desse tipo.
“Esta decisão mostrará a juízes que aceitar denúncias sem fundamento, especialmente de organizações ligadas ao terrorismo, pode ser um erro com repercussões graves.”
Eduardo Bolsonaro cobra pedido de desculpa ao soldado
Pelas redes sociais, ele declarou que “o ideal seria um pedido de desculpas [por parte do Brasil], pois os percalços já foram feitos.”
O governo brasileiro, porém, não se pronunciou sobre mais esse fato, que ajudou a aumentar as tensões entre Brasil e Israel.
O pedido da Justiça, ainda que não tenha tido a interferência direta da gestão do presidente Lula, foi mais um motivo de críticas de Israel ao governo brasileiro.
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“O fato de o Judiciário brasileiro, sob o apoio do presidente Lula, acolher indivíduos com visões tão extremas — especialmente quando nos aproximamos do 80º aniversário da libertação de Auschwitz — é uma vergonha para o governo brasileiro”, declarou o ministro na carta enviada a Eduardo Bolsonaro.
“Não devemos permanecer em silêncio diante de tais ações. Estou confiante de que a maioria dos cidadãos brasileiros patriotas e decentes rejeita a posição de seu governo, que manchará para sempre a orgulhosa história da nação.”
É…o antissemitismo ainda grassa.
Pelo menos temos gente decente que defende a imagem do Brasil no exterior. Parabéns ao Eduardo Bolsonaro por sua rápida atuação. Tudo leva a crer que o os próximos dois anos serão um pesadelo diplomático para o Brasil, sob a administração da quadrilha petista. Que Deus nos proteja!