Para evitar o risco de contágio em massa, seis candidatos sugeriram prorrogar o pleito
Depois de o governo da presidente Jeanine Áñez decretar quarentena de 14 dias na Bolívia em razão da pandemia de coronavírus, o Tribunal Supremo Eleitoral do país decidiu adiar a eleição presidencial, que estava marcada para 3 de maio.
Para evitar o risco de contágio em massa, a maioria dos oito candidatos inscritos para as eleições havia sugerido adiar a votação. Contudo, o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales, o economista Luis Arce, e o Comunidade Cidadã, do candidato de centro Carlos Mesa, defendiam manter a data inicial.
De acordo com a mais recente pesquisa da consultora Ciesmori, Arce lidera a preferência eleitoral com 33,3%, seguido pelo ex-presidente Mesa (18,3%) e pela presidente Jeanine Áñez (16,9%). A Bolívia, com 11,5 milhões de habitantes e um dos países mais pobres da América Latina, confirmou 19 casos de contágio pelo novo coronavírus.
OEA aponta fraude de Evo Morales nas eleições de 2019
Em 5 de dezembro de 2019, uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) denunciou irregularidades em favor do então presidente, Evo Morales (2006- 2019), que concorria a um quarto mandato.
Ao perder o apoio dos militares, o chefe do Executivo renunciou, ao lado de mais quatro autoridades. Na linha sucessória estava Jeanine Áñez, que, empossada, assumiu o compromisso de convocar novas eleições.
Com informações da AFP