Donald Trump venceu a disputa contra Kamala Harris e será o presidente dos Estados Unidos a partir de 2025. A vitória do republicano é um marco na história da política norte-americana, porque é a segunda vez que um ex-presidente volta à Casa Branca depois de perder uma reeleição.
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Nos Estados Unidos, os eleitores votam em delegados do colégio eleitoral, que são representantes de cada Estado e têm o papel de eleger o presidente e o vice. O Colégio Eleitoral é composto de 538 delegados, e o candidato que alcançar pelo menos 270 votos vence a eleição.
Cada Estado possui um número específico de delegados, proporcional à sua população, e a maioria dos Estados adota o sistema “vencedor leva tudo” (winner-takes-all).
Isso significa que o candidato que ganha a maioria dos votos populares em um Estado leva todos os delegados daquele Estado, com exceção de Maine e Nebraska, que dividem os delegados de forma proporcional. Esse sistema faz com que candidatos concentrem esforços em “Estados-pêndulo” (swing states), onde a disputa é acirrada e pode decidir a eleição.
Trump obteve 277 delegados, enquanto Kamala conseguiu 224. No voto popular, o republicano recebeu 71.352.277 votos, representando 51% do eleitorado. Já a vice-presidente dos Estados Unidos teve 66.415.077 votos, equivalentes a 47,5%.
Mapa das eleições norte-americanas: os Estados onde Trump ganhou e perdeu
No mapa geográfico, Trump venceu Kamala Harris em 27 Estados norte-americanos. Em Nevada, Arizona, Alaska e Michigan, locais onde o resultado tem um tempo de processamento maior em relação aos outros Estados, o republicano mantém a liderança.
Entre os Estados onde Kamala foi vencedora, destacam-se a Califórnia, Nova York e Washington, conhecidos por serem “Estados azuis” — ou seja, de inclinação democrata.
Já na votação entre representantes do colégio eleitoral norte-americanos, chamados de delegados, Trump foi o grande vencedor. Com exceção de Maine e Nebraska, que dividem o número de representantes de forma proporcional e não participam do modelo winner-takes-all, o republicano conquistou o apoio de 277 delegados. Para garantir as eleições, precisava de 270.
Estados-pêndulo foram cruciais para a vitória republicana
As eleições foram acirradas nos swing states (Estados-pêndulo). Este grupo é composto dos Estados de Michigan, Nevada, Arizona, Georgia, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin.
Uma das características principais de um Estado-pêndulo é sua inclinação política imprevisível. A Flórida, por exemplo, foi considerada um Estado-pêndulo dos anos 1990 até 2020, mas agora é vista como de maioria republicana.
Trump venceu em todos os Estados-pêndulo. Havia 93 votos eleitorais em disputa nesses sete Estados, e o republicano precisava de ao menos 51 para garantir a Presidência. Nos colégios eleitorais dessas localidades, teve o seguinte resultado:
- Arizona – 11 votos;
- Michigan – 15 votos;
- Nevada – 6 votos;
- Georgia – 16 votos;
- Carolina do Norte – 16 votos;
- Pensilvânia – 19 votos;
- Wisconsin – 10 votos.
As estatísticas revelam que, nesta eleição, Trump teve um desempenho superior ao de 2020, quando disputou a Presidência contra Joe Biden. Os resultados confirmam as pesquisas recentes, que apontavam o republicano à frente de Kamala Harris, candidata democrata e atual vice-presidente.
Pautas de campanha
A campanha de Trump centralizou-se em temas caros ao eleitor conservador, como a liberdade econômica, o controle da imigração e o fortalecimento da indústria dos EUA.
Durante a campanha, o republicano prometeu retomar as políticas que implantou durante seu primeiro mandato, incluindo a redução de impostos, o endurecimento nas fronteiras e a renegociação de acordos internacionais. Sua base eleitoral se manteve fiel, especialmente nas áreas rurais e entre eleitores conservadores.
Além disso, a campanha de 2024 ficou marcada por ameaças contra Donald Trump. Em julho, por exemplo, o republicano sofreu uma tentativa de assassinato quando discursava para apoiadores. Na ocasião, um ex-militante democrata subiu no telhado de um prédio, perto de onde Trump discursava, e atirou contra o republicano.
Mirou a cabeça, acertou a orelha e acabou morto pelo Serviço Secreto. Apenas dois meses depois, outro indivíduo tentou assassinar Trump em um clube de golfe. Não conseguiu.
Agora, a expectativa global é que o retorno de Trump à Presidência traga mudanças significativas em questões internas e nas relações internacionais, principalmente com relação à China, à Rússia e à União Europeia.
Muito bom
Temos que fazer o mesmo aqui no Brasil
Ótimo