O Supremo Tribunal de Justiça de Israel decidiu, nesta quinta-feira, 28, que casais homossexuais podem adotar crianças. A decisão, que se deu por unanimidade, ocorre em meio à guerra do país contra o grupo terrorista Hamas.
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De acordo com o site do jornal The Times of Israel, o Supremo Tribunal de Justiça — equivalente ao Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil — reinterpretou uma Lei de 1981, que trata sobre a adoção de crianças.
Lei foi reinterpretada
A regra excluía casais homossexuais da adoção de crianças. No entanto, de acordo com o tribunal, “a lei poderia ser interpretada com o fim de permitir a adoção por pessoas do mesmo sexo”.
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O debate sobre o assunto tem sido objeto de uma longa batalha política e jurídica em Israel. A decisão dos magistrados foi bem recebida por grupos LGBTQ.
Em contrapartida, conservadores criticaram a decisão. Segundo eles, a medida mancha a identidade judaica em Israel e “prejudica uma grande parte do povo judeu”.
A lei estabelecia que apenas “homem e mulher juntos” podem adotar crianças em Israel
A lei de 1981 estabelecia que apenas “um homem e sua mulher juntos” podem adotar crianças. Por causa disso, a adoção por casais homossexuais era quase impossível, embora tenham conseguido fazê-lo em algumas circunstâncias.
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Na decisão, portanto, o presidente em exercício do Supremo Tribunal de Justiça, Uzi Vogelman, usou o que os israelenses chamam de “doutrina judicial da interpretação”, para reler a lei de 1981. Desse modo, segundo ele, seria possível compreender a letra da lei e permitir que duas pessoas do mesmo sexo adotem crianças.
“Embora a linguagem da cláusula 3 seja mais consistente, à primeira vista, com a interpretação segundo a qual a frase ‘um homem e sua esposa juntos’ se refere a casais heterossexuais, uma interpretação de acordo com que esta secção também inclui casais do mesmo sexo não ultrapassa o leque de possíveis interpretações linguísticas”, escreveu Vogelman.
O magistrado disse que, quando a lei foi escrita, não foi considerada se os casais homossexuais estariam aptos a adotar crianças.
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Ainda segundo Vogelman, as opiniões profissionais que foram apresentadas no tribunal mostraram que a adoção por um casal gay estaria de acordo ao “propósito objetivo” da lei, que nesse caso seria “o bem da criança”.
Entre ter um criança abandonada num orfanato e tê-la acolhida como filho de dois pais ou duas mães, que opção vocês escolheriam ???
\crinças não são animais, assim como dois pais ou duas mãs também não são.
Mais do que justa esta nova lei.