Em sua última visita oficial como primeira-ministra da Alemanha, a chanceler Angela Merkel esteve reunida nesta sexta-feira com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e voltou a pedir a libertação do líder opositor Alexei Navalny.
Há exatamente um ano, Navalny foi envenenado — ele acusa o governo russo de estar por trás da tentativa de assassinato. O opositor foi atendido e tratado na Alemanha, mas voltou à Rússia e acabou sendo preso, em janeiro deste ano.
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No fim de abril, Navalny reapareceu, debilitado, durante uma audiência em um tribunal do país. Ele cumpre pena de dois anos e oito meses de prisão por supostamente violar os termos de uma condicional relacionada a uma condenação por fraude.
“Mais uma vez, pedi ao presidente da Rússia a libertação de Navalny. Claramente, disse a ele que continuaríamos fazendo esse pedido”, disse Merkel depois do encontro com Putin.
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Segundo a agência de notícias France-Presse, o líder russo teria dito a Merkel que Navalny não está preso “por suas atividades políticas”, mas por uma “infração criminal com sócios estrangeiros”.
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Na conversa, os dois chefes de Estado também trataram da crise no Afeganistão. Putin teria dito a Merkel que o Talibã estaria emitindo “sinais positivos” nos últimos dias. “Embora tenhamos profundas divergências, conversamos. E isso deve continuar assim”, afirmou a chanceler alemã.
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